A ditadura do corpo feminino
Por: Jacquelyne O.
21 de Janeiro de 2020

A ditadura do corpo feminino

Sociologia Geral


















O tema

Neste dossiê iremos encontrar informações e fatos sobre o machismo que restringe o corpo feminino, lhe impedindo de pensar, agir por vontade própria e até mesmo de se movimentar da maneira que escolher.

 

A escolha do tema

O tema foi escolhido a partir de uma preferência pessoal e observação de diversas questões no cotidiano como limitações ao corpo feminino que se submete às exigências de sua religião ou aos padrões estéticos da sociedade.

O tema também foi escolhido a partir de um sentimento pessoal de busca pela igualdade que realmente é algo que me inspira; que me move.



Suportes técnicos utilizados

 

  • Aparelho de som

  • CD de áudio (retirado do vídeo disponível em    https://www.youtube.com/watch?v=b1XGPvbWn0A)

  • Cadeira.

 

Áreas de conhecimento correlatas ao tema

 

Como podemos ver a seguir, na pesquisa realizada, foram utilizadas áreas de estudo como sociologia, psicologia e história. 

 

Reflexões do processo criativo

 

Tive muita dificuldade no processo criativo, por não ter experiência com essa dança e não ter entendido de imediato o que poderia ou não ser feito.

Tive muita dificuldade também em transformar meu tema escrito em dança, porque no começo incorporei muitas ideias que não deram certo.

Em suma, esta foi uma experiência muito difícil para mim, mas consegui realiza-la, com muito esforço e me abrindo a essa nova experiência. 





Diagrama

1º Diagrama:

2º Diagrama:





O machismo

 

O machismo , ainda nos dias de hoje, influencia nossa cultura, estipulando papeis sociais para ambos os gêneros, reservando aos homens maior liberdade sobre próprio corpo e muitas vezes também, sobre o corpo feminino. 

Neste seminário iremos explorar as diferentes maneiras em que isso se apresenta tanto na forma estética, que estimula as cirurgias plásticas e o consumo de cosméticos; como também na forma de agir, como o pudor que deve a ver com o próprio corpo (corpo feminino) que desencadeia uma série de comportamentos, como a ação de se sentar com as pernas fechadas ou cruzadas, não masturbar-se, não tocar as genitais, andar com as pernas fechadas ou cruzadas. Pesquisas mostram até mesmo o estímulo recebido por mulheres jovens ao fumo, para sentir-se mais atraentes.

Dentro deste contexto machista, em que o homem recebe o controle do próprio corpo, ao não ser condenado moralmente por sentar-se com as pernas abertas, por tocar as genitais publicamente e em alguns casos nem mesmo por ter cometido o crime de estupro, ele recebe também o controle do corpo feminino, que a todo o momento esta exposto seminu na mídia e que em alguns casos é representado como servo/submisso ao homem, como em comerciais de cerveja, em que garotas não têm fala, apenas seguram uma bandeja e servem aos homens. Ademais, podemos observar neste contexto, a exigência do corpo feminino estar coberto, em nome do pudor que foi estabelecido para com este corpo. Ou seja, em nossa sociedade e cultura, o pudor com o corpo feminino deve haver com relação a própria mulher, que deve se “preservar”, enquanto este mesmo corpo pode, normalmente, ser desvelado pela mídia machista, que o expõe seminu a todo momento. O tema também abordará esses dois extremos, em que a mídia explora com naturalidade, a exposição do corpo feminino seminu dentro da mesma sociedade que se choca ao ver um topless que não seja no carnaval. As mulheres são recorrentemente culpabilizadas por terem sido estupradas por não estar cobrindo o corpo, o mesmo corpo que a mídia expõe todos os dias.

Neste seminário iremos abordar a ideia do corpo enquanto “objeto” de uma sociedade que o padroniza estipulando e determinando comportamentos e ações físicas, sobretudo no corpo feminino. Partindo do intuito de provocar e instigar a reflexão sobre a real necessidade da existência de estereótipos físicos e antes de tudo a reflexão sobre a existência desses estereótipos, que estão tão enraizados na nossa cultura que se invisibilizam. 

 

Corpo feminino submetido à medicina

 

Com a ascensão da igreja católica, nunca antes do séc. XX, o corpo recebera tanta visibilidade e atenção. Onde a TV, os outdoors, as revistas, os jornais e a internet a todo o momento reafirmam a estética prevalecente, de mulheres magras, muitas vezes brancas, com seios grandes, cabelos lisos e quadris largos. Assim o corpo feminino, hoje, vai sendo induzido ás cirurgias plásticas, procedimentos arriscados, simplesmente para se encaixar nos padrões de beleza da sociedade. Este vídeo ilustra de maneira caricaturada essa situação.

http://youtu.be/Znl9AbZilQs

E ao analisarmos a rigorosa moralidade da idade média, podemos concluir que o corpo também recebe hoje uma maior liberdade, embora com desigualdade entre os sexos. Assim como nos diz esse trecho do texto História do corpo: “quanto ás façanhas da medicina reprodutiva, correm o risco de desembocar em uma inesperada dominação do corpo das mulheres [...] Emancipação sexual e igualdade dos sexos não rimam se não imperfeitamente.”

 

Tabagismo e sensualidade

Mesmo com a lei que proíbe a propaganda de cigarro no Brasil, a ideia da sensualidade de um fumante ainda reside na mente de muitos jovens brasileiros. Uma pesquisa realizada nas capitais dos três estados da Região Sul do Brasil, mostra que um dos maiores motivos que levam as adolescentes a fumar é o fato de se sentirem mais atraentes e que esta é muitas vezes uma estratégia de sedução. Em suas entrevistas “aparece o discurso médico que expõe que fumar tem graves consequências para a saúde. Entretanto, as representações que aparecem a nível simbólico são mais importantes que a própria saúde.” Diz a pesquisa.

Em vários vídeos compartilhados pelos jovens em redes sociais podemos ver exemplo de mulheres fumando com musicas e poses estereotipadas, um exemplo clássico, poderia ser mostrado por este vídeo: 

https://www.youtube.com/watch?v=FmE6MwAXu90
Em que Merilyn Monreo, um sexy simbol clássico e universal, aparece em diversas fotos fumando.

 

Ditadura dos movimentos femininos 

 

Os movimentos estabelecidos para as mulheres sempre fazem referencia ao “pudor, durante muito tempo inculcado como virtude desde a primeira infância e reforçado para as filhas na adolescência” (Anne-Marie Sohn)

Sempre protegendo e escondendo as genitais, foram estipulados nosso modo de sentar, com pernas unidas. Não raro, ouvimos mães e pais de crianças dizendo “sente-se como uma moça”, ao ver sua filha com as pernas abertas. Assim também fora estabelecido o modo de andarmos, com as pernas unidas e para acentuar o padrão de beleza brasileiro de quadris largos, também fora empregado um rebolado a este andar. Temos como um forte exemplo o desfilar de uma modelo, que busca o máximo de união das pernas, chegando a cruza-las enquanto anda.

https://www.youtube.com/watch?v=9NHcEivNUAk 

Os movimentos das mulheres em geral, devem ser delicados e leves, reforçando a ideia de fragilidade feminina e que muitas vezes são estereotipados como movimentos descoordenados e com pouca habilidade, o que ressalta mais uma vez a falsa ideia da dependência que teria uma mulher de um homem, já que não conseguiria ao menos mover-se com qualidade. 

http://youtu.be/NtrC9QhGRDw 

 

Bibliografia

 

A história do corpo - Anne-Marie Sohn

http://ondiet.com.br/pesquisa-avalia-motivos-que-levam-adolescentes-ao-habito-de-fumar/ 

www.youtube.com.br

www.priberam.com.br 

 

Vídeos utilizados 

 

http://youtu.be/Znl9AbZilQs

https://www.youtube.com/watch?v=FmE6MwAXu90

https://www.youtube.com/watch?v=9NHcEivNUAk 

http://youtu.be/NtrC9QhGRDw 

 

 

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