Um amigo sugere que você lance uma moeda para ajudar você a tomar uma decisão muito importante, o resultado também o afetará. Seu amigo sugere que você escolha cara para tomar a decisão A, e coroa para tomar a decisão B a qual é a preferida por ele. O único problema é que seu amigo insiste que você use uma moeda ``da sorte'' dele. Você fica um pouco suspeito e decide fazer um experimento enquanto seu amigo não está olhando. Você lança a moeda 40 vezes e cara aparece somente 13 vezes. Realize um teste estatistico para ajuda-lo na decisao se voce deve ou nao acreditar que a moeda é balanceada ( ? = 0; 05). Qual a sua conclusao?
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Bastante interessante esta questão.
Se a moeda fosse honesta, a probabilidade de cara ou coroa seria igual a 0,5 para ambas possibilidades. Vou adotar, neste caso, como "sucesso" a face da moeda ser cara e, com isso, a probabilidade de sucesso seria p = 0,5.
Você quer colocar à prova se a moeda não é honesta (ou seja, não está balanceada). Em outras palavras, queremos buscar evidências para decidir que a moeda não é honesta.
Logo, as hipóteses são:
Algumas pessoas confundem-se na construção das hipóteses. A hipótese que queremos colocar à prova nós colocamos na hipótese alternativa. No exemplo em questão, queremos colocar sob prova a hipótese de que a moeda não é honesta.
Um único lançamento de uma moeda (assumindo que "sucesso" é sair "cara", no nosso caso) é:
É sobre o parâmetro p da Bernoulli que o teste de hipóteses versará.
Para tanto, a moeda foi lançada n = 40 vezes (lançamentos independentes) e foram registradas 13 caras. Sabe-se que "n" ensaios independentes de uma variável aleatória Bernoulli, de mesmo parâmetro p, equivale a uma variável aleatória Binomial(n,p).
O estimador de máxima verossimilhança para o parâmetro p é a média amostral, a qual será a nossa estatística de teste.
É possível mostrar que, para "n" suficientemente grande, e sob H0:
Sabendo qual é a distribuição de nossa estatística de teste, podemos prosseguir com o teste de hipóteses. Temos que o teste que rejeita a hipótese nula, ao nível de significância alfa, é aquele que (sendo p0 = 0,5, em nosso caso):
onde z, na expressão acima, é o quantil da distribuição normal padrão que deixa área à sua esquerda de (1-alfa/2).
Na amostra produzida, observamos:
Logo, adotando alfa = 0,05, temos:
Ou seja, como , a decisão é por rejeitar a hipótese nula, dada a amostra observada, ao nível de significância de 5%. Em outras palavras, a amostra traz evidências de que a moeda não é balanceada.
Logo, não se deve acreditar no amigo que afirma que a moeda é balanceada (novamente, à luz da amostra observada).
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