oi liria Domingues tudo bem com vç? acrdito que o que voçe que sabe seja sobre a diferençiaçao composto heterocíclico, e ataque eletrofílico e ataque nucleofílico entao vamos la.
Um composto heterocíclico é um composto que tem um anel, do qual fazem parte pelo menos dois tipos diferentes de átomos.[1]
Os compostos orgânicos heterocíclicos contém no seu anel um ou mais átomos diferentes do carbono. Exemplo destes átomos são oxigénio, nitrogénio ou enxofre. Excluem-se desta definição os compostos que sofrem ruptura do anel facilmente, possuindo portanto anéis instáveis, exemplos disso são os compostos epóxidos e anidridos cíclicos, cujas reacções muito se assemelham as reacções dos compostos acíclicos.
Eles podem ser também anéis aromáticos simples ou anéis não-aromáticos. Alguns exemplos são piridina (C5H5N), pirimidina (C4H4N2) e dioxano (C4H8O2).
Note que compostos como ciclopropano, um anestésico com propriedades explosivas, e cicloexano, um solvente, não são heterocíclicos, são meros cicloalcanos. O sufixo '-cíclico' implica uma estrutura em forma de anel, enquanto 'hetero' se refere a um átomo diferente do carbono, como exposto acima.
A química dos heterocíclicos é o ramo da química que trata exclusivamente da síntese, propriedades e aplicações dos heterocíclicos essenciais para o desenvolvimento de novos medicamentos.
trofílicas
Foleando as páginas do livro de química orgânica do Solomons, deparei-me com as reações de adição eletrofílicas em hidrocarbonetos saturados. Este é um tópico relativamente básico tratando-se de síntese orgânica, e achei interessante fazer algumas especulação estruturais do que acontece. Haletos de hidrogênio tal como o cloreto de hidrogênio (HCl) adicionam-se a alquenos dando haleto de alquila em hidro-halogenação. Consideremos o mais simples dos casos, a reação de HCl com etileno que produz cloroetano1.
Reação de adição eletrofílica.
A reação ocorre em duas etapas, a primeira consiste no ataque da espécie positiva (ácido) à insaturação resultando em um intermediário contendo carga positiva, conhecido com carbocátion. Na segunda etapa, a espécie contendo carga negativa (base) ataca o carbono que predominantemente retem carga positiva completando a reação.
A primeira questão é, por que o proton ataca a insaturação e gera a espécie carbocátion ? Bem, a química de carbocátions é estudada desde final do século XIX, e é interessante como os químicos orgânicos da época, com teorias ainda tão rudimentares, apresentaram explicações bastante sofisticadas para esse problema. A lógica é relativamente simples, os átomos de carbono do eteno compartilham 2 pares de elétrons (ligação simples e dupla). Logo esta é uma região rica em carga negativa, o que confere um caráter de basicidade.
Para comprovar tal hipótese, calculei a densidade carga na molécula de eteno e a partir desta, um mapa de suscetibilidades de ataque eletrofílico, e um mapa de potencial eletrotático de superfície. Para isso utilizei o programa MOPAC/PM3 – dentro das plataformas Ghemical e Gabedit.
(a) (b) (c)
(a) Molécula de eteno na representação ball stick, (b) Mapa de suscetibilidade de ataque eletrofílico, onde azul representa alta suscetibilidade. (c) mapa de potencial eletrostático, a região em azul representa um potencial negativo frente à aproximação de uma carga pontual positiva.
Para os dois mapas as conclusões (assim como esperado) são redundantes, o ataque por parte da espécie positiva, se da na região da insaturação. Lembrando também que esta dupla ligação é um representação do HOMO (high occupied molecular orbital) na molécula de eteno e que esta diretamente ligado a reatividade desta região.
Orbitais de fronteira (HOMO) da molecula de eteno.
Outra questão interessante é sobre as características do intermediários formados. Uma vez que os carbocátions são espécies muito reativas e portanto de vida curta, de forma que não podem ordinariamente isolados e caracterizados. Utilizando os mesmo métodos semi empíricos anteriores fiz a modelagem do carbocátion gerado.
(a)
(b)
(a) Mapa de suscetibilidade de ataque nucleofílico, onde azul representa a mais alta suscetibilidade. (b) Representação com cutoff de 99% do volume, referente ao LUMO, (low unoccupied molecular orbital) o qual possui potencial negativo.
Por fim, o produto da reação é cloreto de etila. Note que a distância de ligação entre carbono e cloro é claramente maior do que carbono e hidrogênio ( da ordem de 0,8 Å maior), o que já era esperávamos que são átomos bem diferentes. Outra consequência é que agora temos uma composto com polaridade, onde o momento dipolo é de 8.7d ( a água, calculada com o mesmo método tem 17,5d).
(a)
(b)
(c)
(a) Molécula de cloreto de etila na representação ball stick, a seta em azul representa o vetor momento dipolo, (b) Mapa de suscetibilidade de ataque eletrofílico, (c) Representação com cutoff de 99% do volume Orbital de fronteira (HOMO).
O mapa de suscetibilidade de ataque eletrofílico aponto o cloro como principal aceptor de carga, porem, é interessante observa a presença do cloro altera a reatividade dos hidrogênios ligados ao mesmo átomo de carbono.