Bom dia, Larissa
Primeiramente gostaria de fazer uma introdução à Ética Aristotélica. A ética de Aristóteles baseia-se no meio-termo, no caso podemos dar o exemplo de uma pessoa cautelosa que seria o meio-termo entre o covarde e o corajoso. Porém, toda a ação do homem deve ser em vista do bem da pólis, ou seja, o homem age em vista da melhoria e do crescimento da cidade e a eudaimonia (felicidade) é o fim para o qual o homem se move. Bom, vamos para as respostas.
1) Uma pessoa moralmente virtuosa é aquela que não se deixa levar pelas inclinações e sim é guiada pela razão, para Aristóteles, quanto mais um indivíduo age pela razão, mais humano ele é e quanto mais se deixa levar pelas inclinações ele se torna animalesco. Assim, utilizando-se da razão o homem deve procurar o meio-termo nas ações, como já explanado. Este indivíduo vive na pólis, então todas a suas ações devem ser em vista do crescimento da cidade, sendo que ele deve procurar alcançar a perfeição no seu ofício.
2) O homem destrói a vida boa e feliz quando age conforme as inclinações, ou seja, age apenas em vista dos seus desejos. Dessa forma o homem deixa a razão de lado e começa a tornar-se animalesco e escravo do seus desejos. A razão é o que permite a liberdade para Aristóteles, então ao agir conforme as inclinações este perde sua liberdade.
3) Quanto a frase está relacionada ao meio-termo. Acredito que esta questão esteja respondida anteriormente.
4) "Pessoa sem virtude". O misantropo é um indivíduo que não possui uma capacidade de socialização, Aristóteles vai ainda mais longe, para o campo ontológico, sendo um modo de ser. Para ele o homem só consegue alcançar a virtude dentro da pólis, ou seja, em sociedade, no convívio com outros homens, assim, um misantropo não consegue alcançar nenhuma virtude.
5) Alcançar o meio-termo é extremamente difícil, segundo Aristóteles, portanto para que o encontremos devemos ir nos afastando do primeiro que caracteriza-se pela falta, sem chegar ao outro extremo que seria o excesso (no exemplo do covarde e do corajoso, o covarde possui falta de coragem, o corajoso possui excesso do mesmo, podendo no primeiro caso não cumprir com sua tarefa e no segundo matar-se).