A política rodoviarista adotada pelo governo brasileiro ao longo das últimas décadas teve uma forte relação com o desenvolvimento da economia brasileira a partir dos anos 50. Na época, o país passou por um período de industrialização e urbanização aceleradas, que demandavam uma infraestrutura de transporte capaz de conectar as regiões produtoras e consumidoras de bens.
Nesse contexto, o governo brasileiro investiu fortemente na construção de estradas e na modernização da frota de veículos, incentivando a expansão do transporte rodoviário. A ideia era criar uma rede de transporte capaz de conectar as diferentes regiões do país e facilitar o escoamento da produção agrícola e industrial.
O transporte rodoviário se tornou a principal opção devido à sua flexibilidade, rapidez e baixo custo em comparação com outros modais de transporte, como ferrovias e hidrovias, que demandavam investimentos mais elevados em infraestrutura e tecnologia. Além disso, o transporte rodoviário se adaptava melhor à realidade do país, que possui uma geografia complexa e uma malha ferroviária insuficiente.
A política rodoviarista foi eficaz em expandir a rede viária do país e conectar as diferentes regiões, o que favoreceu o crescimento econômico e o desenvolvimento de várias atividades produtivas. No entanto, essa política também teve efeitos negativos, como o aumento do congestionamento, da poluição e do número de acidentes nas estradas, além da dependência excessiva de um único modal de transporte.
Atualmente, o país vem buscando diversificar sua matriz de transporte, investindo em outros modais como ferrovias, hidrovias e cabotagem, com o objetivo de reduzir os custos logísticos e aumentar a eficiência do transporte de cargas.