Quais as possíveis transformações sociais na cidade e no campo em resultado do sistema intensivo agrícola?

Professora Ana F.

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Respondeu há 7 anos

Olá, Victor! Tudo bom?

Antes de responder sua pergunta, vamos apenas esclarecer alguns pontos: os sistemas agrícolas, intensivo e extensivo, se diferenciam pelo tamanho da área cultivada e o grau de produtividade. No sistema intensivo, é utilizado uma grande quantidade de insumos (materiais, equipamentos) em todas as etapas da produção, portanto, faz parte dela a mecanização (tratores, plantadeiras, etc.) em conjunto com insumos aplicados na preparação do solo (fertilizantes), além de sementes selecionadas que são imunes de pragas e adequadas ao tipo de clima. Também são utilizados herbicidas, inseticidas e uma série de recursos que tem como objetivo garantir a produtividade.

Ou seja, a agricultura intensiva é marcada pela aplicação de técnicas e tecnologias que garantem uma maior produtividade se comparada à agricultura extensiva (em que são usados os elementos dispostos na natureza sem a inserção de tecnologias). A mecanização do campos se insere na REVOLUÇÃO VERDE.

Sendo assim, quais as transformações sociais na cidade e no campo que resultaram na agricultura intensiva? A agricultura intensiva proporcionou maior eficiência na produção agrícola, aumentando significativamente a produção de alimentos, no entanto, a fome mundial não foi solucionada, pois esses são destinados aos países em desenvolvimento. Do mesmo modo, essa mecanização também não foi universal, pequenos produtores continuaram a utilizar a agricultura extensiva ou não conseguiram o mesmo grau de mecanização que as grandes agroindústrias, o que os deixou endividados e os fez vender suas propriedades para os grandes produtores. Os trabalhadores rurais também perderam seu espaço pois as máquinas passaram a ocupa-lo. Logo, a agricultura intensiva alterou a estrutura agrária, expulsando pessoas do campo sem, contudo, sanar a fome nas zonas urbanas, que passam a estar mais lotadas sem terem empregos e espaço para esses ex-habitantes do campos.

Abraço,

Profª Ana Luiza