Durante o período colonial brasileiro, houve a formação de três grandes setores econômicos: o setor marinho, o setor sertanejo e o setor das minas.
O setor marinho era o principal da colônia, responsável pela produção e exportação de açúcar, tabaco e outros produtos agrícolas, que eram transportados por navios para Portugal e outros países europeus. Esse setor era dominado pelos grandes proprietários de terras, conhecidos como senhores de engenho, que possuíam grande poder econômico e político na região.
O setor sertanejo, por sua vez, era marcado pela pecuária extensiva e pelo comércio de gado. A falta de água na região, característica do clima semiárido, dificultava a produção agrícola, fazendo com que a pecuária fosse a atividade mais rentável e viável economicamente.
O setor das minas teve grande importância no século XVIII, com a descoberta de ouro e diamantes na região de Minas Gerais. Essa atividade atraiu milhares de pessoas para a região, gerando um intenso fluxo migratório e crescimento urbano. A extração de ouro e diamantes gerou grande riqueza para a Coroa Portuguesa, que cobrava altos impostos sobre a produção.
Esses três setores foram marcados por relações sociais distintas e, muitas vezes, conflituosas. Enquanto os senhores de engenho detinham grande poder econômico e político no setor marinho, no setor sertanejo a pecuária era dominada pelos vaqueiros e peões, que viviam em condições precárias. Já no setor das minas, havia uma grande concentração de riqueza nas mãos dos mineradores mais bem-sucedidos, enquanto muitos outros viviam em condições de pobreza e exploração.
Esses setores, juntamente com outras atividades econômicas como a produção de algodão, café e comércio de escravos, foram fundamentais para a formação econômica e social do Brasil colonial.