A expansão ultramarina.

Professora Angélica I.

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As primeiras Grandes Navegações permitiram o avanço do comércio após a Idade Média, haja vista que as mesmas ocorreram entre os séculos XV e XVIII. Os europeus haviam passado por uma imensa crise no século XIV com a Peste Negra. Era preciso a expansão territorial para superar problemas sociais, políticos, econômicos e até religiosos. 

Principais rotas rumo ao Ocidente:

https://drive.google.com/file/d/1HQBJO4cNOM0cSGC5jUNBvXBfeu1f53vQ/view?usp=drivesdk

Grande parte do financiamento para a infraestrutura para as Grandes Navegações foi feita por parte da burguesia comercial e mercantil, que já estava consolidada no século XV na Europa. Os burgueses recebiam grande contrapartida de lucros com as Grandes Navegações.

O primeiro país a se lançar ao mar foi Portugal, que iniciaram suas conquistas com a navegação de cabotagem; feita margeando a costa do continente africano. Porém, no mesmo século, devido à Escola de Sagres; que ensinava técnicas de navegação e novas tecnologias para a mesma, Portugal se lançou a caminhos mais longos.

https://drive.google.com/file/d/1HQtmg0FvSDvzxcnDsWalxmg5xBmE4wM6/view?usp=drivesdk

O primeiro sucesso de Portugal, foi a conquista de Ceuta em 1415 com o pretexto de combater os árabes muçulmanos, os portugueses se estabaleceram na África. Ao longo de todo século XV, os portugueses foram conquistando diversos pontos do litoral africano e estabelecendo fortes e feitorias. Foi durante esse período que uma das principais atividades comerciais portuguesa teria início: o comércio de escravos africanos. 

Já em 1488, os portugueses chegam ao Cabo da Boa Esperança, e isso faz com que Portugal encontre uma alternativa para alcançar o Oceano Índico. Dois anos antes do Descobrimento do Brasil, Vasco da Gama alcança as Índias mais precisamente, Calicute e estabelece relações comerciais com os chefes locais. No mesmo contexto, a esquadra de Pedro Álvares Cabral se afasta da Costa da África para verificar territórios, onde chega ao Brasil em 1500.

A Espanha seguiu Portugal quanto às Navegações, porém, antes teve de lidar com problemas internos em seu território e pode se lançar ao mar após o ano de 1492 quando os espanhóis expulsaram o último reino árabe de Grabada. O genovês Cristovão Colombo, descobriu a América em Outubro daquele mesmo ano à serviço da Coroa Espanhola comandada por Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Com os portugueses avançando nas descobertas marítimas e os espanhóis descobrindo e conquistando também novos territórios, foi preciso realizar um acordo entre as duas potências do século XV e XVI, o Tratado de Tordesilhas, então foi assinado em 1494 e dividia o território ocidental descoberto entre Portugal e Espanha. 

https://drive.google.com/file/d/1H_ubh9b_TzwF9NkTadmXsTbqQqp8yHg8/view?usp=drivesdk

A França questionou a partilha do Novo Mundo; outra forma de nomear os novos territórios descobertos por europeus e também e lançaram em busca de novos territórios e, a partir de 1520, sua participação foi tímida, porém ocuparam o Canadá e o Estado da Lousiania, nos Estados Unidos. No Caribe, se estabeleceram no Haiti e na América do Sul, na Guiana Francesa. Em seguida, os ingleses também se aventuraram nos territórios que atualmente são os Estados Unidos, o Canadá, Jamaica e Bahamas. O maior adversário nesse período era a Espanha, contra a qual praticavam pirataria, com anuência da Rainha Elizabeth I. A Inglaterra séculos depois, conseguiu dominar ilhas no Pacífico nos territórios hoje da Austrália e Nova Zelândia.

Embora pouco estudado, o caso da participação da Holanda nas Grandes Navegações também é significativo. Ocuparam o Suriname na América do Sul, algumas ilhas do Caribe, conquistaram ainda o território da atual Nova Iorque e chegaram a dominar o Nordeste do Brasil, mas foram expulsos para espanhóis e portugueses. No Oceano Pacífico ocuparam a Indonésia onde se estabeleceram por três séculos e meio. 

Todas essas incursões tinham como objetivos principais a expansão territorial, ampliação do mercado consumidor e territórios para fornecimento de matéria prima, assim como a acumulação de metais preciosos. Todas essas ações estavam em acordo com a nova mentalidade acerca da acumulação de bens materiais. Mas Portugal e Espanha também levaram na bagagem a crença de que eram nações predestinadas a converter os povos gentios, os indígenas, nos novos territórios.