Como funcionava a seleção de homens para a guerra?

Olá Vitória! Essa pergunta pode variar de acordo com o perfil e organização do exército de cada país no momento do conflito. Os soldados brasileiros, por exemplo, sofreram muito com as péssimas condições enfrentadas, visto a falta de estrutura em equipamento e treinamentos ultrapassados para o tipo de situação que enfrentaram. Metade do corpo militar que enviado para a Itália para combater os nazistas eram civis, sendo que muitos jamais tinham pegado em armas. O exército também não se atentou as temperaturas baixíssimas da Europa, e os soldados enfrentaram o inverno necessitando substituir os uniformes por roupas norte-americanas, já que neste momento do conflito o Brasil estava do lado dos EUA (por muito tempo o Brasil estava em situação de "neutralidade", pois mantinha relações com a Alemanha). Além disso a cor do uniforme brasileiro era verde, muito parecido com o dos alemães, o que preocupou serem confundidos com os nazistas. Dos 25 mil soldados enviados, o Brasil registrou no fim da guerra 443 mortos e cerca de 3 mil feridos. Em 1943, após uma convocação geral, cerca de 3 mil voluntários se apresentaram, mas metade foi reprovada em exames físicos e sanitários. Assim, o governo realizou uma convocação compulsória, onde a maioria era de operários, agricultores e comerciantes. Os que retornaram, com muitas marcas físicas e psicológicas se viram deixados à sorte, alguns chegaram a virar indigentes. Arriscaram suas vidas, alguns ficaram cegos, outros mutilados e se viram tachados de loucos, sendo internados em hospitais e hospícios. A reintegração à sociedade foi muito difícil e os que sobreviveram colaboram até hoje para sabermos detalhes do que sofreram durante e depois do conflito. Segue abaixo a relação de soldados de acordo com o Estado de onde saiu: 6094 do distrito federal à época mais 1942 do Estado, totalizando 8036 só do Rio de Janeiro; 3889 de São Paulo; 2947 de Minas Gerais; 1880 do Rio Grande do Sul; 1542 do Paraná; 956 de Santa Catarina; 686 da Bahia; 679 do Mato Grosso; 651 de Pernambuco; 377 do Ceará; 349 da Paraíba; 345 do Espírito Santo; 341 do Rio Grande do Norte; 281 do Pará; 192 de Sergipe 148 de Alagoas; 134 do Maranhão; 111 de Goiás; 91 do Amazonas; 67 do Piauí. Se você quiser saber mais sobre essa parte importante da história e dos soldados brasileiros na guerra, sugiro a leitura do livro da historiadora Carmem Lúcia Rigoni. RIGONI, Carmen Lúcia. Bravos Combatentes da FEB: memórias, monumentos, testemunhos perpétuos de uma história. Curitiba:Imprensa Oficial, 2006. Espero ter colaborado! Um abraço!

Além dos oficiais do Estado os reservistas sempre vão de prontidão para a guerra, se necessário começam a chamar os que já fizeram o tiro de guerra.

Varia muito dependendo do país. Geralmente, os primeiros a irem para a guerra são os militares profissionais e os soldados que estão servindo no momento no serviço militar, depois são selecionados os que fizeram o serviço militar até determinada idade, depois são convocados os cidadãos sem treinamento que são adultos que não exercem atividades essenciais. Em último caso, se chamam idosos e adolescentes para combater (como ocorreu, por exemplo, com a Alemanha no final da segunda guerra mundial).