Professor
José J.
Respondeu há 5 anos
As questões centrais são o expansionismo do Império Brasileiro na região do Prata e o desejo da elite de Buenos Aires de reincorporá o Paraguai, independente, tanto da Espanha quanto de Buenos Aires desde 1811, após a submissão das províncias interioranas argentinas após a sus derrota na batalha de Pavón (1861). Frente a essas dupla ameaça o governo do Paraguai fez uma aliança militar defensiva com o Uruguai que tinha tanto no Brasil quanto em Buenos Aires, mas principalmente no primeiro, como inimigos que buscavam submetê-lo. Quando o Brasil invade o Uruguai em agosto de 1864, o Paraguai irá, com atraso, auxiliar o seu aliado fazendo dois movimentos: a invasão do oeste do Mato-Grosso (Província brasileira, então isolada, com fortes laços históricos e culturais com o Paraguai e com muitos elementos pró-paraguaios na sua elite) e o pedido ao presidente argentino Bartolomé Mitre para permitir ao seu exército atravessar a a Argentina para ir ao Uruguai combater os brasileiros. A recusa de Mitré (aliado do presidente uruguaio pró-brasileiro, recém colocado no poder pelas tropas do governo do Rio de Janeiro) e aliado do Brasil (havia permitido ao exército brasileiro atravessar duas províncias argentinas para atacar pelo o oeste o Uruguai enquanto outra parte do exército brasileiro vinha pelo norte desde o Rio Grande do Sul) levará Francisco Solano López a declarar guerra a Argentina e a desencadear a Campanha de Corrientes em abril de 1865.