Historia do brasil/interpretação 2

História
PERGUNTA 1 A nova democracia brasileira difere radicalmente do modelo registrado na tradição. E a diferença mais notável está em que, nesta democracia de massas, o Estado se apresenta de maneira direta a todos os cidadãos. Com efeito, todas as organizações importantes que se apresentam como mediação entre o Estado e o indivíduo são, em verdade, antes anexos do próprio Estado que órgãos efetivamente autônomos (...). O sistema partidário, por outro lado, tem base nos dois agrupamentos (PSD e PTB) criados por Getúlio e, em larga medida, dependentes do seu prestígio pessoal (...). Neste quadro político - em que o Estado, através dos líderes populistas, se põe em contato direto com as massas - não há lugar de destaque para as ideologias. Os aspectos decisivos da luta política - as formas de aquisição e preservação do poder - estão vinculados a uma luta entre personalidades. (WEFFORT, F. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1980.) O texto de Francisco Weffort se refere ao período entre 1946 e 1964. Assinale a alternativa que melhor interpreta a ideia do autor: O Estado populista dá maior espaço às ideologias políticas, podendo gerar conflitos de diversas ordens O Estado populista é muito mais eficiente, pois se apresenta a todos os cidadãos O cidadão é muito melhor representado num Estado populista do que no atual Estado brasileiro O Estado populista é, pode-se dizer, personalista. As lutas políticas se dão entre personalidades e não entre ideologias O Estado populista é a consolidação do sistema partidário. Nele, os partidos são mais importantes que as lideranças
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Alexia perguntou há 4 anos

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Professor Gustavo T.
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Respondeu há 4 anos
A resposta correta da questão é: O Estado populista é, pode-se dizer, personalista. As lutas políticas se dão entre personalidades e não entre ideologias. Contudo vale pontuar que o autor do texto apresenta uma visão sobre a república de 1946 que não é mais predominante na historiografia.

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Professor José J.
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Respondeu há 4 anos
Segundo Weffort, e como foi respondido abaixo pelos demais professores, o "estado populista" favoreceria mais a luta de personalidades do que a luta ideológica. No entanto eu lanço um desafio: essa afirmação do sociólogo Francisco Weffort, feita em 1980, faz sentido quando observamos os fatos que ocorreram entre 1945 e 1964? João Goulart, Juscelino Kubistchek, Eurico Gaspar Dutra possuem poucas divergência ideológica? Os militares que forçaram Vargas ao suicídio, em 1954, e derrubaram Goulart, em 1964, não agiam a motivados por uma determinada ideologia que se opôs aos dois presidentes citados? A proibição do Partido Comunista, expulsão dos seus deputados e repressão ao forte movimento comunista brasileiro pelo governo de Dutra, em maio de 1947, não foi uma ação ideológica? A atuação da UDN (União Democrática Nacional) Carlos Lacerda era motivada só por suas ambições pessoais ou por uma ideologia radicalmente distinta daquela de Vargas e Goulart? A aliança informal entre o PCB (Ilegal na época) e o PTB pode ser explicada apenas por razões de ambição politica e personalismo entre Prestes e vargas ou Goulart? A presença de Intelectuais de reputação mundial no governo Goulart como Darcy Ribeiro, Paulo Freire e Celso Furtado pode ser explicado apenas em termos do personalismo de João Goulart? A Criação da Escola Superior de Guerra (1948) no governo Dutra não é uma postura ideológica que pode ser considerada até dura? A postura de oposição ao domínio dos EUA ou de aceitação dele e de favorecimento da ação da suas multinacionais não é uma profunda divergência ideológica entre os atores políticos da época? A postura do embaixador de Goulart nos EUA, Roberto Campos, a favor das pressões de John Kennedy contra o Brasil em geral e o próprio presidente em particular, pode ser explicado em termos de personalismos? A Ação dos deputados do PTB da época, como Sérgio Magalhães e Almino Afonso, se explica apenas pelo que foi falado acima por Weffort? O Partido Socialista Brasileiro (PSB), no poder em Pernambuco na época de Goulart com Miguel Arraes, não era um partido ideológico, assim como também o Partido Democrata Cristão do ministro da educação de Goulart Paulo de Tarso Santos e da figura politica nacional na época de Franco Montoro? Emfim, coloquei esses exemplos numerosos para mostrar a razão dessa tese hoje ser vista com desconfiança por muitos estudiosos do período entre 1945 e 1964.
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Professor Paulo C.
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Respondeu há 4 anos
Tendo em vista o fato de que a eleição de Vargas em 1950, traz consigo o velho Vargas (1930-1945), com amplas realizações no campo econômico e trabalhista no imaginário social. Porém, isto não acabou correndo. Neste período "populista-democratico", houve diversas atribulações em vários governos, como o de Jânio e Jango. As "Reformas de Base" defendidas por João Goulart demonstra que a fase é de personalismo, portanto, alternativa D.

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Tenho experiência de 17 anos em docência. Sou professora de psicologia, filosofia, sociologia, história, neurociência e psicologia aplicada,