quais são as características e quais são os autores das três fases do romantismos?

Literatura
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Gabriel perguntou há 8 anos

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Professor Leandro C.
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Respondeu há 8 anos
Gabriel, encontrei esse material aqui, que acredito que pode vir a ajudá-lo. vou por o link. http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/romantismo-resumo-autores-dicas-questao-comentada-599025.shtml Boa sorte!

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Professora Lorena R.
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Respondeu há 8 anos
Primeira geração Cita-se como marco introdutório do Romantismo, a obra “Suspiros poéticos e saudades”, de Gonçalves de Magalhães, publicada em 1836. Contudo, foi Gonçalves Dias o consolidador da fase em questão. Fase esta conhecida como geração nacionalista ou indianista, visto que além de priorizar a figura do índio, concebido como representante da nacionalidade brasileira, procurou exaltar também a natureza, o sentimentalismo e a religiosidade. Assim, sua obra compreende a lírica sentimental e a lírica de inspiração nacionalista. Podemos citar “Primeiros cantos”, representando a lírica indianista, na qual o índio vive em perfeita comunhão com a natureza que, de acordo com as ideias de Rousseau, é elemento fundamental para a construção de sua personalidade. Outros poemas, também de sua autoria, ressoam traços do gênero épico, como é o caso de “I – Juca Pirama” e “Os Timbiras”. No que se refere à linguagem, dizemos que esta revela a habilidade do artista em lidar com vários ritmos, versos e formas de composição distintas. Elementos estes tão bem representados (apenas em alguns fragmentos) no poema a seguir: Canção do Tamoio (Natalícia) I Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar. II Um dia vivemos! O homem que é forte Não teme da morte; Só teme fugir; No arco que entesa Tem certa uma presa, Quer seja tapuia, Condor ou tapir. III O forte, o cobarde Seus feitos inveja De o ver na peleja Garboso e feroz; E os tímidos velhos Nos graves concelhos, Curvadas as frontes, Escutam-lhe a voz! [...] Quanto à lírica sentimental, comumente Gonçalves Dias retrata temas relacionados ao amor, saudade, natureza, religiosidade, revelados sob uma aguçada sensibilidade – característica determinante do artista. Se se morre de amor! Se se morre de amor! — Não, não se morre, Quando é fascinação que nos surpreende De ruidoso sarau entre os festejos; Quando luzes, calor, orquestra e flores Assomos de prazer nos raiam n'alma, Que embelezada e solta em tal ambiente No que ouve, e no que vê prazer alcança! Simpáticas feições, cintura breve, Graciosa postura, porte airoso, Uma fita, uma flor entre os cabelos, Um quê mal definido, acaso podem Num engano d'amor arrebatar-nos. Mas isso amor não é; isso é delírio, Devaneio, ilusão, que se esvaece Ao som final da orquestra, ao derradeiro [...] Segunda geração Sucedendo o período de afirmação do Romantismo brasileiro (compreendido entre os anos de 1830 – 1840), a poesia passa a tomar novos rumos com o surgimento de uma nova tendência – denominada de ultrarromântica. Esta, por sua vez, foi demarcada por um intenso subjetivismo, o qual se transformou em egocentrismo, tendo como consequência um sentimento demarcado por um extremo pessimismo e melancolia. Tal aspecto resultava tão somente num desejo de fuga da realidade, obtendo muitas vezes a morte como forma de revelar este escapismo. Tamanha morbidez é resultante de Satã (caracterizado como o demônio) – símbolo revelador dos valores cultivados pelos ultrarromânticos – manifestados pela loucura, pelo desejo de se entregar à bebida, às drogas, ao tédio e, sobretudo à doença – revelada pela tísica, na época conhecida como tuberculose, chegando a matar muitas pessoas. Por esta razão, a fase em voga é também conhecida como o mal do século. Familiarizados com tais características, atemo-nos aos dizeres daquele que foi um dos principais representantes – Álvares de Azevedo: Pálida Inocência Por que, pálida inocência, Os olhos teus em dormência A medo lanças em mim? No aperto de minha mão Que sonho do coração Tremeu-te os seios assim? E tuas falas divinas Em que amor lânguida afinas Em que lânguido sonhar? E dormindo sem receio Por que geme no teu seio Ansioso suspirar? Inocência! quem dissera De tua azul primavera As tuas brisas de amor! Oh! quem teus lábios sentira E que trêmulo te abrira Dos sonhos a tua flor! Quem te dera a esperança De tua alma de criança, Que perfuma teu dormir! Quem dos sonhos te acordasse, Que num beijo t'embalasse Desmaiada no sentir! [...] Ao analisá-los, percebemos que a figura da mulher (traço marcante da era em questão), é concebida como algo inatingível: por mais que o poeta a deseje, jamais terá condições de concretizar este intento, haja vista que, para ele, ela representa uma figura divinal. Terceira geração As manifestações artísticas que integraram esta fase são de cunho social e político, funcionando como uma espécie de denúncia das mazelas da própria sociedade então vigente. À luz dos acontecimentos, Castro Alves foi quem mais se destacou, uma vez influenciado pelas ideias do escritor Victor Hugo. Os autores não procuravam mais fugir da realidade, mas sim enfrentá-la e modificá-la. A poesia dessa época é também conhecida como condoreira, fazendo alusão ao condor, uma ave com capacidade de alcançar grandes voos – expressando a liberdade, entendida sob todos os aspectos. Vejamos, pois, o que tem a nos dizer Castro Alves em uma de suas criações: Navio Negreiro [...] Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer. . Prende-os a mesma corrente — Férrea, lúgubre serpente — Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoute... Irrisão!... Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! ... [...] Ao nos atermos aos versos: A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer. . Prende-os a mesma corrente, percebemos que o poeta expressa de forma singular sua indignação mediante a realidade social, sobretudo, ao se referir à escravidão negra no Brasil.

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