Olá Karoline.
Vou passar apenas algumas frases-sugestão. É importante que você revise e coloque as ideias nas suas próprias palavras, pois os professores pegam facilmente quando os alunos não fazem seus trabalhos, ok?
" A busca incansável da humanidade pelo conhecimento é algo patente. Ele buscou entender o cosmos e suas origens com auxílio da mitologia, religião, filosofia… Ora citando esse arché como sendo o fogo, ora a água, ora o ar, etc. Adquiriu conhecimentos matemáticos, físicos, químicos, entre outros. Mas o próprio ser humano enquanto ente não ficou imune de especulações. Heráclito chegou a afirmar que só é possível penetrar nos segredos da natureza se conhecer os segredos do homem. Mas em algum momento foi com a filosofia de Sócrates e com o movimento sofista que o próprio homem se tornou de fato alvo dos questionamentos, passou a ter um caráter de autorreferência: “o que é o homem?”.
É o homem que ocupa o lugar mais preponderante na especulação filosófica, pois é a partir dele que tudo é deduzido. Essa forma de antropologia não se preocupa com as características humanas, mas sim com a essência do homem, fornecendo uma interpretação ontológica dele, se diferenciando, portanto, de outras formas de antropologia, como a mítica, teológica, poética, científico natural, etc. Bernard Groethuysen a define como a reflexão sobre nós próprios, sempre renovada, que o homem faz para tentar compreender-se. Já Landsberg define como uma explicação conceitual da ideia do homem a partir da concepção que esse tem de si mesmo em determinada fase de sua existência.
A pergunta chave de um dos ramos da Filosofia, a Antropologia Filosófica é: o que é o homem? Ou quem é o homem? As biociências com pesquisas empíricas ainda não garantem (e dificilmente o farão) um conceito da essência do homem. Elas podem fornecer um relato histórico da evolução e constituição material da espécie humana. A pergunta pelo ser humano, pela sua essência e tentativa de unificar os dados da sua natureza em uma teoria abrangente caracteriza uma autorreferência, uma transcendência, um lançar-se para fora de si mesmo.
Para Heidegger, o homem não é uma coisa, uma substância, objeto. O homem possui uma essência diferente das coisas da natureza, assim se distanciando da concepção naturalista. Pertence à essência do homem apenas existir no exercício dos atos intencionais e, sendo assim, o homem em sua essência não é um objeto. Ou seja, o homem só é na medida em que executa atos intencionais ligados pela unidade de um sentido. Já Fogel, explicitando a dicotomia entre animal irracional e animal racional, é um crítico da ideia de Husserl na qual aponta a necessidade do estudo do processo de evolução do home, evolução do animal para o homem, do irracional para o racional. E sobre isso fica clara a posição naturalista sobreposta com a ideia antropocêntrica.
O homem é a criatura que está em constante busca de si mesmo, um ser que em todos os momentos da sua existência deve examinar e esquadrinhar as condições de sua existência, isso é seu dever fundamental. Essa estranha mistura de ser e não-ser, o homem, a mais prodigiosa criatura da natureza, necessita encontrar o sentido da sua existência, sua essência. Usando um conceito de Heidegger, deve encontrar sua autenticidade, caso contrário viverá como um barco à vela que segue para onde os ventos o levam, que nem sempre é a direção mais segura. Tal é a necessidade humana de identidade frente aos perigos e desafios da existência."
Bons estudos!