O conceito de capital social é desenvolvido por Pierre Bourdieu, sociólogo francês do século XX em sua obra Esboço da Teoria da Prática, em 1972. Para ele o conceito de capital é abrangente sendo o motor da estrutura, funcionamento e para classificar a sociedade.
Segundo Bourdieu o capital social é o conjunto dos recursos reais ou potenciais ligados à posse de uma rede durável de relacionamentos que os indivíduos possuem. Isto é, o capital social deriva do conhecimento de pessoas que são unidos por relações sólidas e úteis.
O capital social, segundo ele se inter-relaciona com capital cultural e econômico, por meio de trocas gerando reconhecimento para os indivíduos no grupo ao qual se insere. A quantidade de capital social que um indivíduo tem depende, portanto, da extensão de relações que ele consegue mobilizar e do volume de capital (econômico, cultural, simbólico) que é de propriedade única de cada elemento do grupo. O capital social depende do capital econômico e cultural que o individuo possui ou pelo grupo ao qual ele esta inserido, posto que as trocas gera a confiança entre eles proporcionando uma homogeneidade e instituindo um efeito multiplicador do capital.
Nas diferentes classes sociais o capital social se inscreve através da rede de influências que o agente individual possui no decorrer da sua existência, através do seu capital econômico, que é o fator fundamental para que o mesmo possa inserir-se em um grupo. O capital social proporciona, portanto a inserção dos agentes individuais nas altas camadas de poder político, econômico e social gerando mobilidade e ascensão social, ou mudança de classe social, por meio da rede de relacionamentos no qual o individuo consegue se inserir.
BOURDIEU, P. O capital social – notas provisórias. In: CATANI, A. & NOGUEIRA, M. A. (Orgs.) Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 1998.