Não consigo resolver esta questão: Pressupõe que o trabalho tenha sido equalizado pela subordinação do homem à máquina ou pela extrema divisão do trabalho; que os homens sejam obliterados pelo seu trabalho; que o pêndulo do relógio se torne uma medida tão acurada da atividade relativa de dois trabalhadores como da velocidade de duas locomotivas. Portanto, não deveríamos dizer que um homem durante uma hora vale tanto quanto outro homem durante uma hora. Tempo é tudo, o homem é nada, no máximo ele é apenas a carcaça do tempo. A qualidade já não mais importa. A quantidade sozinha decide tudo, hora por hora, dia por dia. MARX, Karl. The poverty of Philosophy. p. 126-7. Apud: MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição.São Paulo: Boitempo, 2011. p. 415. Ao abordar a questão da divisão do trabalho na produção industrial, bem como o emprego de máquinas, o trecho acima, da obra de Marx, faz referência ao fenômeno: a) da alienação do trabalhador, que não possui mais os meios de produção, não determina o que produzir, como ou em que tempo produzir, tampouco detém o que produz. b) da exploração do homem pelo homem por meio do trabalho assalariado, característica essa do trabalho nas fábricas no contexto da Revolução Industrial. c) da falta de capacidade técnica e de mão de obra qualificada no decurso do surgimento das indústrias, ocasionando desemprego. d) da ideologia que apenas o trabalho no campo é compensatório, o que levou à revolta dos trabalhadores das fábricas. e) da reificação do trabalhador, ou seja, da sua transformação numa mera ferramenta dentro do processo produtivo, já que não cria mais nada, apenas executa funções.
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Beatriz, nesse trecho, Marx fala como o homem não tem mais qualidade, importando apenas o quanto ele produz, comparado com uma máquina, portanto:
e) da reificação do trabalhador, ou seja, da sua transformação numa mera ferramenta dentro do processo produtivo, já que não cria mais nada, apenas executa funções.
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Olá Beatriz!
Então, a resposta correta é a e)
Mas por que? É o seguinte, analisando o trecho destacado a gente tem alguns pressupostos (Pressupostos são ideias não expressas de maneira explícita num discurso, mas que podem ser percebidas a partir de certas palavras ou expressões que foram utilizadas):
1. O trabalho se igualou por causa que o homem se subordinou à máquina ou pela extrema divisão do trabalho. Por divisão do trabalho a gente entende especialização do trabalho, o fato de que cada um tem a sua função e tarefas específicas no trabalho.
2. Que os homens sejam anulados pelo seu trabalho. Ou seja, a vida pessoal desses homens.
3. que o tempo seja cada vez mais preciso em torno de cronometrar as atividades dos trabalhadores, como elas se organizam. E é por isso que o rendimento de dois homens fazendo a mesma coisa pode ser bem diferente em uma hora. E aqui a qualidade do tempo não é priorizada, mas sim a quantidade. O quanto esse trabalhador consegue produzir no menor tempo possível.
Então, ele já informa no enunciado que esse trecho do Marx trata da questão da divisão do trabalho (que expliquei em cima) na produção industrial. E também trata do emprego de máquinas. Tendo isso como base vamos analisar as alternativas. Em questões de alternativas o método correto é fazer por exclusão, você vai colocando uma carinha triste conforme vai identificando erros. E colocando sorrisinho quando não acha erros. Aí compara entre as finalistas a que mais se enquadra.
A a) diz que o texto e sobre a alienação do trabalhador, que não possui mais os meios de produção, não determina o que produzir, tampouco detém o que produz. Ou seja, diz que o texto tá falando do fato de que o trabalhador não é dono das próprias ferramentas com que trabalha, não escolhe o que ele tá produzindo lá na fábrica e nem ganha o proporcional ao seu trabalho de verdade, ás vezes nem consegue comprar uma unidade do que ele tá produzindo lá. Tudo o que eu falei anteriormente sobre o trecho não tem nada haver com isso.
A b) diz que o trecho do texto fala da exploração do homem pelo homem por meio do trabalho assalariado. A gente pode colocar um sorrisinho, de fato o texto se refere a uma forma de exploração mas não é diretamente sobre isso. Não dá pra marcar essa questão.
A c) diz que a falta de capacidade técnica e de mão de obra qualificada no decurso do surgimento das indústrias ocasionou desemprego. O texto nem se refere a desemprego.
A d) diz que o texto fala da ideologia de que apenas o trabalho no campo é compensatório, o que levou à revolta dos trabalhadores das fábricas. O texto não faz nenhuma menção ao trabalho no campo.
A e) fala da "reificação do trabalhador, ou seja, da sua transformação numa mera ferramenta dentro do processo produtivo, já que não cria mais nada, apenas executa funções". Faz sentido! Porque o texto já começa dizendo que o homem se igualou a máquina, depois diz que ele é anulado pelo trabalho e encerra dizendo que o que mais importa não é a qualidade do tempo desse homem. O valor dele é medido pelo quanto ele consegue produzir em menor tempo.
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