Melhor resposta
Essa foi a melhor resposta,
escolhida pelo autor da dúvida
Em um nível mundial, a pobreza e a desigualdade são tratadas como questões de privilégio de uma classe dominante, tendo um forte impacto psicológico em quem as sofre. Nesse sistema, são excluídos indivíduos que não tiveram nada a ver com a configuração da mesma. Seguindo uma ideia de Adam Smith: “Trata-se de uma sociedade fundada no mérito de cada um em potenciar suas capacidades supostamente naturais.” (BEHRING. BOSCHETTI, 2011, p. 60).
O Estado busca gerenciar a pobreza a níveis "aceitáveis" em políticas focalizadas e emergenciais, mas sem ir ao cerne do problema.
"Quando o Estado admite a existência de problemas sociais ele os procura ou em leis da natureza, que nenhuma força humana pode comandar, ou na vida privada, que é independente dele, ou na ineficiência da administração que depende dele." (MARX, 2010, p. 23). Dessa forma, a melhora social fica com os poucos que tiveram acesso à educação e à uma qualidade de vida qualificadas.
A riqueza produzida na sociedade não é distribuída, mas é acumulada nas mão de poucos. Que ganham mais a partir da ideia de meritocracia, pois fazem crer aos mais pobres que o seu esforço irá fazer com que sua vida melhore, sendo que, na maioria avassaladora das vezes, só fará com que mais riqueza seja gerada só para os mais ricos. Para a manutenção da "meritocracia" são usados como exemplos pessoas pobres que melhoraram de vida (e até ficaram ricas), sendo que, na verdade, esses casos são muito poucos e são uma pequena concessão dada pela classe dominante para a sua manutenção no poder.