Matriz e determinante: pra quê raios servem???
em 22 de Julho de 2016
Aproximadamente setenta anos separam esses monstros da matemática. É impossível passar pela matemática sem passar por esses dois. Todos já viram o Número de Euler “e” num logaritmo ou uma Gaussina em estatística. Ambos têm centenas de trabalhos publicados em matemática, física e astronomia. Apesar da genialidade dos dois, tiveram histórias completamente diferentes.
Eulerzão da massa nasceu na Suíça, numa família amiga dos Bernoulli. Essa amizade foi fundamental para seu desenvolvimento, uma vez que desde a adolescência teve orientação de alto nível e mais tarde, o famoso QI, tão importante nos dias de hoje. Daniel Bernoulli, filho de Johan Bernoulli, lecionava matemática na Universidade de São Petersburgo, e indicou Euler, que foi aceito. Passou grande parte da vida vivendo na Rússia, numa época que o país estava investindo para manter grandes talentos nas universidades russas.
Já Gauss possui uma história digna de reportagem do Fantástico, para emocionar a família tradicional enquanto comem o macarrão requentado do almoço. Nascido em família humilde, se destacou desde cedo e recebeu tutoria de Bartels, um matemático alemão, graças à sua genialidade. Escreveu uma inestimável quantidade de trabalhos nas mais diversas áreas, mas a um preço alto.
Perdeu sua esposa, com quem teve três filhos, e entrou em uma grande depressão. Diz a lenda que ele se dedicava tanto à matemática para não enxergar as desgraças da vida. Talvez por conta da depressão e por ter clara noção de sua genialidade, tornou-se arrogante e solitário. Não queria que os filhos fossem matemáticos, pois sabiam que não tinham sua genialidade e diminuíssem o peso do nome Gauss. Isso causou uma briga com um de seus filhos, que acabou se mudando para os EUA.
Euler também passou por muitas dificuldades familiares, oito de seus treze (!) filhos morreram ainda na infância. Além disso, após uma febra que quase o matou, começou a perder a visão do olho direito. Mais tarde, desenvolveu catarata no olho esquerdo, ficando completamente cego em 1766. Mas ele não parou sua produção de texto. Ele pegou uns estagiários pra anotarem tudo que ele ditasse e continuou escrevendo trabalhos, chegando a publicar um por semana em 1775. Isso renderia um lattes que deixaria o de muitos professores que enxergam no chinelo.
Não nos resta julgar quem foi o melhor ou quem contribuiu mais para as ciências. Só podemos agradecer por todos os trabalhos feitos. Mesmo que eles nos dêem tanta dor de cabeça para entendê-los atualmente.