Simulados - por quê são importantes?
Por: Fabiana B.
15 de Junho de 2018

Simulados - por quê são importantes?

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Cursos preparatórios para ENEM, vestibulares e concursos, presenciais ou online, costumam oferecer simulados para os alunos. Porém, muitos não dão importância e acabam não fazendo, especialmente nos cursos presenciais, onde às vezes a prova é em pleno domingo de manhã. Afinal, que diferença vai fazer? A resposta é: MUITA!!! O desempenho em uma prova depende basicamente de três características: conhecimento, emocional e tempo. Com os simulados, você vai se testar e progredir nas três.

A diferença entre fazer simulados e fazer exercícios é que, no simulado, você tem que fazer a prova nas mesmas condições que a prova de verdade, com o mesmo tempo, com a mesma fome e sede ou vontade de ir ao banheiro, com a mesma quantidade de questões, e, se for em cursos presenciais, até numa sala cheia de concorrentes. Mas, se você não tem acesso a esses simulados prontos, sempre pode fazer seu próprio simulado, na sua casa mesmo, usando provas antigas da mesma instituição, e tentando reproduzir ao máximo as condições da prova. O ENEM disponibiliza todas as provas de todos os anos no site do INEP, com gabarito. Muitas faculdades e até algumas bancas de concurso fazem o mesmo. Veja alguns motivos para você não perder essa oportunidade!

1 - Administrar o tempo

Nossa, não deu tempo de fazer tudo! Tive que chutar várias questões, por causa do tempo! A prova era muito longa! Perdi muito tempo numa questão só! Não tive muito tempo para preencher o gabarito, acabei preenchendo errado! Quase sempre ouvimos reclamações desse tipo. Porém, provas longas são muito comuns, inclusive no ENEM. A prova muito longa será assim para todos os candidatos, mas alguns conseguem terminar a tempo e outros não. Nem sempre isso significa que quem fez tudo sabia mais! Afinal, o tempo é uma das três características que influenciam no desempenho do aluno, e mesmo quem sabe muito pode se atrapalhar e sofrer com a falta dele. Na hora da prova temos que tomar várias decisões: qual disciplina fazer primeiro; fazer a redação no começo ou no final; insistir numa questão difícil e/ou longa ou deixá-la para o final; pular questões que parecem difíceis ou pelo menos tentar fazer; conferir e/ou refazer os cálculos ou ir adiante; reler o enunciado para ver se não deixou passar nada ou seguir em frente; ir preenchendo o gabarito conforme vai resolvendo as questões ou deixar para o final, entre outras. Cada aluno tem seu próprio ritmo, suas facilidades e dificuldades, e reage diferente ao cansaço. Alguns preferem fazer primeiro a disciplina mais fácil, para garantir que vai acertar mais questões, ou porque quando fica cansado erra de bobeira questões que sabe fazer, ou porque quer deixar todo o tempo restante para a mais difícil. Outros se dão melhor deixando a mais fácil para o final, porque o cansaço de final de prova atrapalha demais na difícil e atrapalha menos na mais fácil. Alguns gostam de reconferir os cálculos e conseguem corrigir erros, enquanto outros ficam nervosos quando reconferem e mudam para a alternativa errada. Fazendo simulados você vai identificar o que funciona melhor para você. Também vai identificar onde precisa melhorar, o que está fazendo você gastar tempo à toa, ou qualquer outro comportamento que esteja lhe prejudicando. Enfim, é muito importante saber administrar o tempo, e o melhor jeito de aprender isso é fazendo simulados!

2 – Identificar o estilo da prova

Cada instituição tem um tipo característico de questões, e é muito importante se preparar para aquele tipo de prova. De repente você pode ser ótimo em questões do tipo “calcule”, mas quando chega no ENEM se perde na interpretação do texto. Pode ser que você estudou a matéria com um enfoque, e as questões pedem outro. Acontece de você descobrir que estava estudando com muita profundidade um assunto que a prova sempre pede de maneira superficial - ou vice-versa. Também é bom se acostumar com o tipo de enunciado da prova, até mesmo o vocabulário utilizado, que pode ser diferente do que você está acostumado. A primeira coisa que se deve fazer para estudar para uma prova classificatória é saber que tipo de questões você vai encontrar. Os simulados são feitos levando em consideração o estilo da prova, ou então usando provas antigas da mesma instituição.

3 – Se preparar emocionalmente e fisicamente

Muitos alunos sabem o conteúdo, mas são prejudicados pelo nervosismo. Infelizmente, todo teste massificado tem o defeito de não levar o emocional do aluno em consideração. Além disso, alguns alunos nem acham que ficarão nervosos, e acabam ficando. Afinal, tudo que vamos fazer pela primeira vez tem maior chance de nos deixar ansiosos e receosos. O simulado é o mais perto que você pode chegar de ter uma experiência anterior. É claro que, para quem costuma ficar muito nervoso, nada será igual a prova de verdade. No entanto, a tendência é que, quanto mais simulados você fizer, mais seguro você vai ficar. Ou, pelo menos, vai lhe ajudar a ficar um pouco menos nervoso, e isso já vale a pena. Além isso, o simulado feito corretamente, replicando até o acesso a comida, bebida, celular e banheiro, e com as mesmas limitações de movimentação, vai lhe preparar fisicamente e identificar se você tem algum ponto fraco nessa parte. Alguns alunos descobrem que ficar sem comida e bebida, por exemplo, atrapalha muito o desempenho, e a maioria das comissões de prova permite levar um pequeno lanchinho, então, se você já sabe dessa sua fraqueza, irá mais preparado. Também é importante simular, o máximo possível, o cansaço que você sentirá no dia da prova, para aprender a lidar melhor com ele.

4 – Saber com certeza quais são seus pontos fortes e pontos fracos

Basicamente um resumo dos outros três itens: é importante você conhecer a si mesmo, para saber o que precisa melhorar. Alguns alunos entendem bem uma matéria, mas se confundem quando vão fazer os exercícios, às vezes misturam conteúdos, ou se deixam levar pelo cansaço, ou não sabem fazer as contas sem calculadora, ou tem dificuldade para interpretar texto, ou tem mania de gastar tempo demais numa única questão, ou tem mania de pular questões que depois descobre que sabia fazer, etc. Fazendo os simulados, você terá uma noção mais exata de quais são as suas dificuldades, não só em relação ao conteúdo como também em relação ao seu comportamento durante a prova, ao tempo e ao emocional. E, assim, você pode aumentar seus esforços para superar seus pontos fracos, intervindo exatamente onde você mais precisa. Também há o aspecto positivo, ou seja, identificar seus pontos fortes. Muitos candidatos têm tanto medo da prova que acabam se subestimando, e, ao fazer o simulado, descobrem que são mais capazes do que achavam, o que é ótimo para aumentar sua autoconfiança e autoestima, e ajudar a diminuir o nervosismo no dia da prova.

Enfim, fazer simulados é sempre vantajoso para sua preparação. Da mesma forma, é sempre produtivo fazer a prova oficial. Alguns candidatos não fazem a prova do segundo dia quando vão mal no primeiro, ou desistem de fazer a prova mesmo estando inscritos, ou adiam a prova para o ano seguinte, pois não se sentem preparados para ela. No entanto, mesmo que não obtenha uma boa nota, nunca é em vão, pois você vai ter a melhor oportunidade de aprender sobre a prova e sobre você mesmo. Outra boa opção é fazer a prova como treineiro, ou seja, quando você faz a prova mesmo sem ter terminado o Ensino Médio. Várias instituições permitem essa possibilidade. Então, não deixe de fazer uma prova, e, principalmente, faça o máximo de simulados que puder!

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