Os Estados Modernos - 7° ano
Por: João C.
12 de Julho de 2023

Os Estados Modernos - 7° ano

Os Estados Modernos - Absolutismo, Aliança entre Reis e Burguesia, Teóricos do Absolutismo, Sociedade de Corte, Absolutismo na França e na Inglaterra

História História Geral Ensino Fundamental Ensino Médio

Os Estados Modernos representaram uma mudança significativa na estrutura política da Europa, marcada pelo surgimento do absolutismo, a aliança entre reis e burguesia, o pensamento dos teóricos do absolutismo, a formação da sociedade de corte e as diferentes abordagens do absolutismo na França e na Inglaterra.

O absolutismo foi um sistema político no qual o poder estava concentrado nas mãos do monarca, que governava de forma absoluta, sem a necessidade de consultar ou compartilhar decisões com outros órgãos ou instituições. Esse sistema visava fortalecer o poder central e garantir a estabilidade política. O monarca era considerado a figura máxima de autoridade, com poderes absolutos sobre todos os aspectos da vida política, econômica e social.

Uma das características fundamentais dos Estados Modernos foi a aliança entre reis e burguesia. A burguesia emergente, composta por comerciantes, banqueiros e proprietários de empresas, buscava proteção e estabilidade para suas atividades econômicas. Os reis, por sua vez, dependiam do apoio financeiro e do conhecimento comercial da burguesia para fortalecer seu governo e promover o desenvolvimento econômico.

Vários teóricos do absolutismo surgiram nesse período, buscando justificar e legitimar o poder absoluto dos monarcas. Jean Bodin, Thomas Hobbes e Jacques Bossuet foram alguns dos principais teóricos que argumentaram em favor do absolutismo, alegando que o monarca detinha o direito divino de governar e que sua autoridade era inquestionável.

A sociedade de corte foi um elemento central no funcionamento dos Estados Modernos. Era uma estrutura hierárquica que cercava o monarca, composta por nobres, cortesãos e membros da aristocracia. A corte servia como um centro de poder, cultura e entretenimento, onde a nobreza se reunia para estabelecer alianças, competir por favoritismo e demonstrar seu status social.

Na França, o absolutismo alcançou seu auge sob o reinado de Luís XIV, conhecido como "Rei Sol". Luís XIV centralizou o poder, promoveu a expansão do território francês e construiu o Palácio de Versalhes como símbolo de sua grandiosidade e autoridade. Ele também implementou políticas mercantilistas para fortalecer a economia e estabelecer o domínio comercial da França.

Na Inglaterra, a abordagem do absolutismo foi diferente devido à influência do parlamento. A Magna Carta de 1215 estabeleceu restrições aos poderes do monarca, garantindo certos direitos e liberdades aos cidadãos. Durante a Guerra Civil Inglesa, o parlamento desafiou o absolutismo do rei Carlos I, levando à execução do monarca e à ascensão do regime republicano de Oliver Cromwell. Posteriormente, a Restauração trouxe de volta a monarquia com uma abordagem mais limitada, conhecida como monarquia constitucional.

Artigo 5: O Mercantilismo - Origem e Principais Características

O mercantilismo foi uma política econômica predominante nos Estados Modernos dos séculos XVI ao XVIII. Essa doutrina econômica tinha como objetivo fortalecer a posição dos Estados-Nação por meio do controle e expansão de sua riqueza, especialmente através do comércio.

O mercantilismo teve origem nas mudanças econômicas e políticas que ocorreram durante o Renascimento e a Era dos Descobrimentos. Com a expansão marítima e o comércio global em ascensão, os Estados buscavam maximizar sua riqueza e poder. Os principais aspectos do mercantilismo incluíam:

  1. Balança comercial favorável: Os Estados buscavam exportar mais do que importar, acumulando metais preciosos, especialmente ouro e prata. Isso era visto como uma medida de riqueza e poder, uma vez que esses metais eram a base das moedas e permitiam o financiamento de guerras e expansões territoriais.

  2. Protecionismo e regulação do comércio: Os Estados adotavam políticas protecionistas, como altas tarifas alfandegárias e restrições à importação de produtos estrangeiros. Isso visava proteger a indústria doméstica e incentivar a produção interna, reduzindo a dependência de bens estrangeiros.

  3. Colônias e expansão territorial: Os Estados buscavam estabelecer colônias em territórios distantes, como forma de garantir fontes de matérias-primas, mercado consumidor e bases comerciais. As colônias eram vistas como uma extensão do poder do Estado e uma forma de aumentar seu controle sobre os recursos e o comércio global.

  4. Monopólios comerciais e companhias privilegiadas: Os Estados concediam monopólios comerciais a determinadas empresas ou associações comerciais, como as Companhias das Índias Orientais e Ocidentais. Essas empresas tinham o direito exclusivo de realizar comércio em determinadas regiões e desfrutavam de privilégios especiais, como isenções fiscais e poderes governamentais limitados.

  5. Desenvolvimento da indústria nacional: Os Estados buscavam promover a industrialização e o desenvolvimento de manufaturas em seu território, visando reduzir a dependência de bens importados. Isso envolvia a criação de políticas que incentivavam a produção local, como subsídios, proteção legal e investimento em infraestrutura.

Embora o mercantilismo tenha sido amplamente praticado nos Estados Modernos, suas políticas e estratégias variavam de acordo com cada país. As potências marítimas, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Holanda, desempenharam papéis fundamentais na implementação do mercantilismo e na expansão do comércio global. 

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