DESVALORIZAÇÃO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Por: Karla C.
10 de Janeiro de 2024

DESVALORIZAÇÃO E SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Pedagogia Leitura Dificuldades Projetos Curso Superior

Introdução

 

A desvalorização da educação em geral são questões que vem crescendo a cada século. Baixo salário, falta de incentivo, excesso de trabalho, falta de estabilidade, desrespeito de pais e alunos, são alguns dos problemas encontrados. Tendo em vista a importância do direito à educação e a responsabilidade da profissão a saúde de muitos profissionais tem sido afetada pela precariedade do trabalho.

Nossa investigação se iniciou a partir de situações vivenciadas nos estágios realizados durante o curso de Pedagogia, se estendo a produção deste artigo na busca de trazer o assunto para discussão e busca de melhores condições para esses profissionais. 

Dentro das nossas pesquisas, fomos nos surpreendendo nas doenças que têm sido diagnosticados os profissionais e como a desvalorização dos profissionais é desde o início da educação no Brasil. 

“O espetáculo do mundo nos oferece frequentemente cenas de violência e intolerância, nascidas de preconceitos que querem se impor pela força, na ausência de questionamentos e, sobretudo, do exercício da razão.” (DESCARTES, 1979).



Desvalorização dos profissionais da educação 

Observando o cenário através de pesquisas e estudos feitos por auxílio de artigos, sites, dentre outros meios colhemos informações nas quais nos ajudará a entender e discorrer mais sobre o assunto e apontar algumas demandas existentes. Apuramos a relação dos educadores (a) com a escola, a insatisfação e as causas, a acumulação e o sufocamento de atividades e como eles conseguem lidar com essa demanda, analisamos a parte histórica buscando compreender de que forma se iniciou às relações existentes e que hoje causa tanta discussão e levantamento de ideias.

A educação se iniciou mesmo antes da criação da classe dos profissionais da educação pensando que “a educação existe mesmo onde não há escolas. Nas sociedades chamadas primitivas e de povos considerados “bárbaros”, por exemplo, não existem escolas nem métodos de educação conscientemente reconhecidos como tais”. (PILLETI,1988 p. 43 apud GOMES et al, 2013 p. 237).

No Brasil a educação chegou junto da invasão dos Portugueses, onde os jesuítas foram os primeiros professores, ensinando os índios do sexo masculino. Devido a expulsão dos jesuítas de Portugal, eles também tiveram que se retirar do Brasil e até o fim do século XVII não houveram mais aulas. Com a chegada da família real “surgiram as primeiras instituições culturais e científicas, bem como os primeiros cursos técnicos e de ensino superior no Rio de Janeiro e na Bahia.” (EQUIPE HISTÓRIA DO MUNDO, 2021).

Com a independência do Brasil a educação se tornou destinada a classe alta da sociedade, onde os mais pobres não conseguiam o mesmo acesso, também ocorreram reformas e mudanças na educação como o movimento Escola Nova, a proposta da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, além da busca pela queda do número de analfabetos no país.

Mas mesmo com todas essas evoluções, não encontramos a grande valorização dos profissionais da educação, tendo em vista que sem eles não teriam médicos, dentistas, advogados, presidente, vereadores, empresários, pela necessidade de pelo menos o básico da educação para certas profissões. 

Os profissionais da educação lidam com situações de estresse no trabalho diariamente, incluindo a necessidade muitas vezes saírem da posição de educadores(as), diretores(as) e pedagogas (os) para serem pais dos alunos, com conversas, conselhos e afeto que diversas vezes não são encontradas em casa por diversos motivos, incluindo o excesso de trabalho em casa. 

Os baixos salários também tem sido a causa de muitos problemas para os profissionais da educação, onde observamos que a maioria trabalha em mais de uma escola ou trabalham com aula particular em horários vagos para complementar o salário ao fim do mês.

Durante os estágios realizados encontramos a desmotivação de profissionais pela comodidade de ser concursado, onde o cansaço e a estabilidade se tornam motivos para não se dedicar em sala e fazer o melhor para a educação. 

Saúde mental

O conceito de saúde mental veio ganhando forma ao decorrer dos anos, através das evoluções das práticas da saúde e as influências socioculturais. De acordo com a (OMS) a definição de saúde se dá a partir do momento em que a pessoa se sente bem com o seu estado físico, mental e social, formando uma definição de completo bem-estar, mas em contramão temos sendo a profissão docente considerada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como uma das mais estressantes, pois ensinar se tornou uma atividade desgastante, com repercussões evidentes na saúde física, mental e no desempenho profissional (Reis et al., 2006 apud Diehl, Liciane; Marin, Angela  Helena, 2016 p.65).

Dentro dos nossos estágios encontramos docentes e gestores com a saúde mental afetada pelo trabalho, onde alguns professores faltam por crises de ansiedade, gestora com alopecia por estresse, depressão, as falas são sempre sobre o excesso de cobrança, a dificuldade de comunicação e dedicação de colegas, a responsabilidade em casa junto com a da escola gerando uma sobrecarga, o número de aulas, planejamentos e matrizes, cobranças de pais, grandes responsabilidades e coisas cotidianas da escola.

Dentre os problemas que vem afetando os profissionais da educação encontramos a síndrome de Burnout em evidência, “que surgiu  em  1970,  nos  Estados  Unidos,  em  busca  de respostas  ao  afastamento  de  trabalhadores  que  apresentavam  muitos  atestados  médicos, gerando  uma  preocupação  em  suas  respectivas  áreas  de  trabalho” (VIEIRA; RUBIO, 2015) , onde

 “A síndrome de Burnout — também conhecida como síndrome do esgotamento profissional — é quando o colaborador passa por uma série de momentos difíceis no trabalho, em que é exposto a um nível elevado de estresse e esgotamento emocional. Com isso, a relação de trabalho fica bastante sensível, com impacto direto na eficácia e na produtividade do profissional.” (Carlos, 2020)

Entendemos assim o motivo da desvalorização profissional estar ligada à saúde mental destes profissionais, tendo em vista o estresse em que eles vivem.



Conclusão

 

Ao final deste trabalhamos chegamos à conclusão da importância de uma maior valorização da educação e de seus profissionais, tendo em vista a forma como a cada passar de ano temos uma maior decadência e profissionais doentes e desmotivados. 

Políticas públicas devem ser inseridas na grade curricular das escolas visando ajudar esses profissionais a lidarem melhor com as situações, buscando qualidade de vida.

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Karla C.
Coronel Fabriciano / MG
Karla C.
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