DE FUTURO PROMISSOR AO IMPEACHMENT

Fernando Affonso Collor de Mello é um jornalista e político brasileiro. Nasceu em 12 de agosto de 1949 no Rio de Janeiro. Foi o 32º Presidente da República Federativa do Brasil durante os anos de 1990 a 1992, tornando-se o primeiro presidente eleito por voto direto após o regime militar e o primeiro presidente mais novo a assumir a presidência.

Apesar do futuro promissor de sua campanha, Collor foi o segundo presidente a ter pedido de impeachment acolhido e o primeiro a ser impedido de exercer suas funções públicas em decorrência do pedido, garantindo sua inabilitação para tais exercícios por oito anos.

Entretanto, necessário fazer ressalvas. 

Collor derrotou Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Sua campanha era baseada em conter a inflação e acabar com as denominadas "marajás", recebendo o título de "caçador de marajás" em uma matéria da Veja em 1988. 

Embora todo o positivismo do novo governo, o plano Collor, baseado em uma economia neoliberal, falha em seu propósito de equilibrar a inflação. Dentre as medidas para combater a inflação, a mais drástica, não só daquela época, mas até aos dias de hoje, foi o confisco das contas poupanças e contas correntes, denominadas "overnight", que decretava o confisco por 18 meses de valores que excediam a 50 mil cruzeiros.

Apesar de não conseguir acabar com a inflação, o plano abriu portas para o Plano Real.

Já nos 100 primeiros dias de mandato, denúncias de corrupção começam a aparecer e abalar o governo. O caso ficou conhecido como Esquema PC Farias, envolvendo Paulo César Farias, ex-tesoureiro de Collor, além do presidente e pessoas próximas. O estopim foi a compra de um Fiat, dado a mulher de Collor, prova material que deu ensejo a abertura de uma CPI no Congresso. 

Em decorrência, milhares de jovens saem às ruas com os rostos pintados de verde e amarelo pedindo o impeachment de Collor, movimento que ficou conhecido como Caras Pintadas.

A votação para o processo de impeachment é aprovada na Câmara e segue para o Senado. No entanto, no dia 29 de dezembro de 1992, Fernando deixa o cargo de presidente, o que não impede a votação e aprovação no Senado, suspendendo-se os seus direitos políticos.

Itamar Franco, vice-presidente de Collor, assume o país.

Paulo César Farias é condenado por sonegação fiscal e  falsidade ideológica, cumpre um terço da pena e recebe liberdade condicional em 28 de dezembro de 1995. Em 23 de junho de 1996, PC Farias e a namorada Suzana Marcolino são encontrados mortos no quarto principal da luxuosa  casa de praia de Paulo, no bairro Guaxuma, Maceió.

Fernando Collor é denunciado pela Procuradoria da República. No entanto, o STF, por 5 votos a 3, entende que não há provas para a condenação e o absolve em dezembro de 1994.

Collor retorna a política em 2002 e perde a eleição. Mas, em 2006 obtém a liderança para Senador de Alagoas.

Fonte: WIKIPEDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE. Fernando Collor. consultado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Collor. Acesso em 10 de fevereiro de 2021.