
Dicas redação do Enem

em 21 de Novembro de 2021
Brasil é o 10º no ranking mundial de partos prematuros.
Novembro é considerado, mundialmente, o mês de conscientização e de alerta sobre a prematuridade. O nascimento prematuro é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como aquele que ocorre antes de 37 semanas completas de gestação e pode ser subdividido em: prematuros extremos (<28 semanas), muito prematuros (28-31 semanas) e moderados (32-36 semanas de gestação)1.
A prematuridade no Brasil
Globalmente, a cada ano, nascem cerca de 135 milhões de crianças e, destas, aproximadamente 15 milhões são prematuras2.
Em 2018, houve cerca de três milhões de nascimentos no Brasil, dos quais 11% foram prematuros3, colocando-o entre os dez países com maior número de nascimentos de prematuros. Dos 323.676 nascidos vivos abaixo de 37 semanas, 17.382 (5%) morreram no período neonatal, sendo a grande maioria nos primeiros dias de vida.
Intervenções efetivas
intervenção prematuridadeAinda que possa existir um pequeno número de intervenções efetivas para reduzir a incidência de nascimentos pré-termo (PT), o bebê que nasce antes de 37 semanas de idade gestacional, existem diversas que são comprovadamente eficazes para reduzir a mortalidade precoce de recém-nascidos prematuros.
De acordo com a OMS, mais de 80% dos partos prematuros ocorrem entre 32-36 semanas de gestação e a maioria destes bebês poderia sobreviver com cuidados essenciais, sem intervenções de terapia intensiva1. O que indica um grande potencial de evitabilidade do óbito do neonato pré-termo, principalmente em países de baixa e média renda.
Intercorrências clínicas
Os recém-nascidos pré-termo podem apresentar intercorrências clínicas graves durante sua internação logo após o nascimento, incluindo alterações respiratórias, distúrbios hemodinâmicos, infecções sistêmicas, distúrbios metabólicos e alterações neurológicas. Tais morbidades expõem esses pacientes a maior número de intervenções diagnósticas e terapêuticas, associando-se à mortalidade e, nos sobreviventes, a morbidades graves como a displasia broncopulmonar, a hemorragia intracraniana, a leucomalácia periventricular (uma forma de lesão cerebral) e a retinopatia da prematuridade (distúrbio ocular que afeta a retina, o problema provoca alterações na visão e até mesmo a cegueira), entre outras.
Mortalidade e morbidade
A mortalidade e a sobrevida com morbidades graves é o principal marcador da qualidade do cuidado perinatal.
Nas 20 unidades da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais, em 2012 e 2013, nasceram 3.629 neonatos com peso inferior a 1500g, dos quais 2.646 (71%) tinham idade gestacional de 23-33 semanas e ausência de malformações congênitas. Desses, 53% morreram ou sobreviveram com morbidades graves.
Na análise das variáveis associadas a esse desfecho e ajustada por centro de nascimento, destacaram-se como fatores de proteção o uso do esteroide antenatal e o parto cesárea. Como fatores de risco associados ao óbito hospitalar ou à alta com morbidade grave, observaram-se: idade gestacional inferior a 30 semanas, sexo masculino, desnutrição intrauterina, asfixia perinatal, hipotermia à admissão na UTI neonatal, síndrome do desconforto respiratório, sepse tardia comprovada, enterocolite necrosante e persistência do canal arterial5.
Além disso, o nascimento prematuro é uma das principais causas de comprometimento do desenvolvimento do potencial humano em longo prazo, por aumentar o risco para doenças graves, incapacidades e má qualidade de vida, pois muitos dos sobreviventes enfrentam dificuldades de aprendizagem, problemas visuais e auditivos6.
Assistência multiprofissional
prematuro equipeApós a alta hospitalar, o acompanhamento multiprofissional, que considere em conjunto os fatores que levaram ao nascimento prematuro e o impacto da morbidade neonatal na composição do risco para a saúde futura destes indivíduos, é fundamental para o planejamento das ações de prevenção e de tratamento das complicações da prematuridade.
Com o aumento da sobrevida e da expectativa de vida dos recém-nascidos prematuros, reconhecemos que os riscos associados à prematuridade acompanham estes indivíduos além da infância; o risco aumentado para doença cardiovascular, síndrome metabólica, infecções, doenças endócrinas, neurológicas e psiquiátricas, além de maior risco de óbito enquanto adultos jovens, reforçam a necessidade de um acompanhamento integrado, especializado e contínuo para estas crianças após a alta hospitalar7.
O profes contém um tira dúvidas gratuito e auxílio tarefas pagos qualquer dúvidas entre em contato com o profes.
Estamos aqui para ajudar.
Obrigada.
Professora Luana K.