O dinheiro é meu!!

Quando começamos um negócio, seja qual for o ramo, temos em mente que “todo o dinheiro que entrar vai ser meu”. Até mesmo “o lucro é todo meu” e “é minha empresa, não tem problema pagar esse boleto ou pegar um pouco para a viagem de final de semana”.

Para você que começou assim ou pensa em empreender, preciso lhe dizer: você está perdendo dinheiro com essa atitude.

O dinheiro da empresa que vem das vendas do produto ou serviço oferecido por um MEI, ME ou outra nomenclatura, é único e exclusivo da empresa!! Mas você vai me perguntar, como assim, eu trabalho nela, sou o dono e não posso usar esse dinheiro?

NÃO!!

Quando utilizamos esse recurso financeiro, estamos levando a nossa empresa para um caminho de prejuízos, insatisfações, medos e até mesmo a falência!

Para que seja usufruído desse recurso, precisamos ter em mente que o “DONO” precisa ter um pró-labore definido para bancar a sua vida pessoal!

Alguns pontos para executar e não utilizar o dinheiro empresarial:

• Abra uma conta empresarial: pode parecer óbvio (até ele precisar ser dito), mas abrir uma conta empresarial, onde todas as movimentações financeiras (entradas e saídas) aconteçam por lá, facilita na visualização de todas as atividades financeiras em um determinado período.
• Separe as contas pessoais da empresarial: se cada boleto pessoal ou um montante for retirado da conta da empresa, no final da semana, mês ou ano a impressão dada é de que todo o dinheiro que entrou sumiu, ou seja, todo o caixa da empresa foi utilizado para sustentar a vida pessoal e não para ser investido na empresa. Então nada de pagar boleto seu na conta PJ!
• Defina um pró-labore: o pró-labore nada mais é do que o salário do dono/sócio, é através dele que a vida pessoal do sócio é mantida. Entretanto, não é tão simples definir um pró-labore!! Para realizar essa ação é necessário entender e saber: qual o custo de vida do proprietário; quanto o mercado está pagando para alguém realizar a mesma função (sim, você é o dono mas executa qual função: gerente administrativo, coordenador de marketing?..) e analisar se a empresa consegue ter mais essa despesa!
• Mantenha o registro de tudo: isso mesmo, anotar cada valor utilizado ou recebido, em um sistema ou planilha facilita a visualização das movimentações financeiras do período. Nada de colocar no papel ou anotar esporadicamente. A rotina é essencial!
• Ciclo PDCA: seguir os passos anteriores apenas por seguir não vai te ajudar a separar as contas, é preciso ter Planejamento para definir as metas de mudanças e melhorias na separação das contas; Execução das metas traçadas; Checar e verificar se tudo foi feito e está sendo feito; e por fim Agir, caso os resultados não estejam trazendo retorno, definir novas ações e voltar para esse ciclo contínuo.

Separando as contas e mantendo o dinheiro da empresa e seu caixa para ser investido nela mesma, a fim de trazer mais ganhos e crescimento vai impactar nos seus próprios ganhos. Lembre-se que toda ação gera uma reação!

O #Sebrae tem vários conteúdo que auxiliam o empreendedor nessa fase e em todas as outras.

E aí na sua empresa, você já separou as contas ou ainda tem dificuldades de realizar essa tarefa? Ter o apoio de uma consultoria financeira para te mostrar e esclarecer os pontos a serem melhorados, modificados e acrescentados facilita na sua tomada de decisão!