Cyberbullying: Um Alerta para Pais e Educadores
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Por: Natalie S.
22 de Novembro de 2024

Cyberbullying: Um Alerta para Pais e Educadores

Pedagogia Ensino Fundamental Psicopedagogia Dificuldades de Aprendizagem

Cometido por meio de canais virtuais, o cyberbullying é um crime que tem, cada vez mais, preocupado pais e educadores. Atraídos pelo mundo digital, aplicativos de mensagens ou grupos on-line, o público infantojuvenil está o tempo todo em contato com desafios perigosos, entre eles pedofilia e fake news e, se agir por impulso, fica mais vulnerável a essas armadilhas.

Como psicóloga, autora, pedagoga e palestrante de inclusão e diversidade, observei que o período de confinamento causado pela Covid-19 mudou a forma como os adolescentes interagem, o que pode ser uma explicação para o aumento dessa intimação virtual. A internet foi o meio de comunicação mais utilizado durante a pandemia. Com o fácil acesso às tecnologias e, principalmente às redes sociais, as crianças estão mais suscetíveis à influência das informações sem analisar sua veracidade ou as consequências de repassar essas mensagens. O bullying por meio da internet ganhou um alcance muito maior que no ambiente físico, tornando-se urgente a luta contra esse assédio para preservar a integridade das crianças.

De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) / Europa, uma em cada seis crianças em idade escolar sofre cyberbullying. Embora as tendências gerais do bullying escolar tenham permanecido estáveis desde 2018, o cyberbullying aumentou, ampliado pela crescente digitalização das interações das crianças.

No Brasil, a Lei 14.811/2024 foi sancionada em janeiro deste ano para reforçar que qualquer prática agressiva de intimidações e perseguições no ambiente virtual tenha sérias consequências, prevendo pena de reclusão e multa para os praticantes de crimes de bullying e cyberbullying. Apesar da importância dessa legislação, como um passo para o fim do cyberbullying, acredito ser crucial reconhecer que, assim como outros tipos de intimidação e perseguição, depende de uma transformação social para que uma mudança aconteça de fato. É um processo que pode ser demorado, mas é possível.

Como especialista, enfatizo que as crianças, principalmente as meninas, precisam estar sempre orientadas em relação aos riscos que existem por trás das telas, já que muitos homens se passam por adolescentes para realizar a prática da pedofilia e convencem a vítima a ir a seu encontro. E caso ocorra qualquer tipo de constrangimento, é essencial ir a uma delegacia e denunciar o agressor. Os pais ou responsáveis devem estar sempre atentos aos conteúdos que estão sendo acessados por seus filhos, tendo em vista que estes acessos ocorrem com maior frequência e mais cedo. Imagino que, normalmente, as meninas confiam mais nos homens, sem pensar muito nas consequências, e supostamente não acreditam que serão traídas pelo agressor, que muitas vezes pede para filmar uma relação, por exemplo, e jura que não passará para frente.

Depressão, isolamento, crises de ansiedade, síndrome do pânico e suicídios são alguns desfechos trágicos das vítimas do cyberbullying, como apontei em minhas pesquisas e palestras. E sempre enfatizo que é fundamental garantir que o público infantojuvenil tenha sua privacidade respeitada, online e em outros ambientes, mas que os pais e responsáveis estejam sempre atentos.

 

Como alguém profundamente comprometida com a saúde mental e o bem-estar das nossas crianças, faço um apelo a todos os pais, educadores e legisladores: não podemos ser complacentes. O combate ao cyberbullying requer uma ação constante e educativa. Precisamos criar ambientes seguros e de suporte, tanto on-line quanto físicos, ensinando as crianças a se comunicarem de forma respeitosa e a se protegerem contra os perigos do mundo digital. Unidos, podemos formar uma frente sólida para proteger nossa juventude, garantindo um futuro no qual eles possam aprender e crescer sem medo.

 

 

Sobre Natalie Schonwald

 

Psicóloga, pedagoga, palestrante de inclusão e diversidade e autora dos livros "Na Cidade da Matemática" e "Na Cidade da Matemática - Bairro das Centenas", Natalie é pós-graduanda em Psicopedagogia pelo Instituto Singularidades (SP). Na área da educação e alfabetização, trabalha com os anos finais da Educação Infantil e iniciais do Ensino Fundamental I. Nesta área da educação, Natalie completa seu trabalho escrevendo artigos.

 

A profissional também faz parte da direção da Associação dos AVCistas do Brasil - uma organização comunitária de acolhimento às vítimas de AVC e seus familiares. Como atleta, também participou do mundial de adestramento paraequestre em 2003 - pratica esporte desde seus 9 anos e também é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado.

 

Após um AVC com 8 meses, enfrentou um caminho de superação. Sua história é marcada não apenas pela adversidade, mas pela resiliência e conquistas que a transformou em fonte de inspiração, destacando a importância da inclusão e da diversidade em todas as suas formas.


@pedagoga_nati

Natalie S.
Natalie S.
São Paulo / SP
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Graduação: Pedagogia (Instituto Singularidades)
Pedagogia - Dificuldades de Aprendizagem, Pedagogia no Ensino Fundamental, Psicopedagogia
Auxílio pedagógico e psicopedagógico no processo de alfabetização através de um método lúdico e análise da melhor forma que cada aluno aprende

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