Como Vencer um Debate Sem Ter Razão?
Por: Paola R.
10 de Setembro de 2023

Como Vencer um Debate Sem Ter Razão?

Explorando as Estratégias Retóricas

Comunicação A arte da persuasão Como falar em Público Oratória

Arthur Schopenhauer, o filósofo alemão do século XIX conhecido por suas ideias pessimistas sobre a vida e a existência humana, também fez uma incursão interessante no mundo da retórica e da persuasão com seu livro "A Arte de Ter Razão", também conhecido como "Eristische Dialektik" em alemão, que pode ser traduzido como "Dialética Erística". Publicado postumamente em 1864, este trabalho oferece um olhar perspicaz sobre as estratégias que as pessoas usam para vencer debates, mesmo quando não têm razão. Vamos explorar as ideias de Schopenhauer e como elas podem ser aplicadas na arte da argumentação.

A Natureza da Dialética Erística

Schopenhauer começa seu tratado discutindo a dialética erística, que é a arte de vencer debates por meio da retórica e da persuasão, independentemente da substância dos argumentos apresentados. Ele reconhece que a verdade e a honestidade podem ser sacrificadas em busca da vitória no debate. Para Schopenhauer, a dialética erística é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada, e ele apresenta 38 estratégias, ou "ardis", que podem ser usadas para alcançar esse objetivo.

Estratégias Eristicas de Schopenhauer

Aqui estão algumas das estratégias erísticas notáveis de Schopenhauer:

  1. Usar a falácia ad hominem: Em vez de refutar os argumentos do oponente, atacar sua credibilidade, caráter ou motivações pessoais.

  2. Mudar o foco do debate: Desviar a discussão para um tópico tangencial ou menos relevante, para evitar abordar o argumento central do oponente.

  3. Apresentar argumentos aparentemente convincentes: Utilizar retórica persuasiva, ainda que enganosa, para fazer os argumentos parecerem mais fortes do que realmente são.

  4. Reduzir argumentos complexos a clichês: Simplificar e distorcer os argumentos do oponente em slogans fáceis de entender, tornando-os mais fáceis de atacar.

  5. Fazer uso de contradições internas: Destacar contradições dentro do argumento do oponente para enfraquecer sua posição.

  6. Desgastar o oponente: Usar táticas de debate agressivas, como interrupções e ataques pessoais, para minar a confiança do oponente e desencorajá-lo.

A Ética da Dialética Erística

Schopenhauer reconhece que a dialética erística é muitas vezes antiética, pois sacrifica a busca pela verdade em favor da vitória a qualquer custo. No entanto, ele argumenta que é importante estar ciente dessas estratégias, não apenas para se proteger delas, mas também para usá-las quando a honestidade não é uma opção, como em situações de disputa legal.

Conclusão

"Como Vencer um Debate Sem Ter Razão" de Schopenhauer oferece uma exploração intrigante das estratégias retóricas usadas para ganhar debates, independentemente da substância dos argumentos. Embora a dialética erística possa ser vista como antiética e manipulativa, compreender essas estratégias pode ajudar as pessoas a serem argumentadoras mais eficazes e a protegerem-se contra argumentos falaciosos. No entanto, é fundamental lembrar que a busca pela verdade e pela honestidade deve ser o objetivo final de qualquer discussão construtiva e significativa.

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Paola R.
Vitória / ES
Paola R.
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Especialização: Direito Tributário (PUC-RS)
Graduação - instituto brasileiro de mercado de capitais e puc-mg. Média geral na faculdade de direito, 8,99. Especialização em tributário pela pucrs
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