Sim, essa abordagem é bastante comum entre músicos que buscam uma compreensão mais profunda da harmonia e da melodia na improvisação. Trabalhar com intervalos e graus da escala, em vez de cifras, pode oferecer várias vantagens:
Flexibilidade: Ao pensar em números de graus da escala (como II, V, I), os músicos podem se adaptar a diferentes tonalidades rapidamente. Isso facilita a improvisação em várias progressões de acordes sem precisar relembrar as cifras específicas em cada tonalidade.
Compreensão Harmônica: Essa abordagem ajuda os músicos a entenderem melhor a função dos acordes dentro de uma progressão. Por exemplo, eles podem perceber que o acorde I tem uma função de resolução, enquanto o II e o V criam tensão antes dessa resolução. Isso pode enriquecer a maneira como eles abordam a criação de melodias.
Foco nos Intervalos: Trabalhar com intervalos em vez de notas específicas pode encorajar os músicos a explorar diferentes vozes e sonoridades. Isso abre possibilidades criativas e permite que eles se concentrem em como os sons se relacionam uns com os outros.
Improvisação e Composição: Esta abordagem pode ser muito útil tanto na improvisação quanto na composição. Compreender os graus da escala e sua relação uns com os outros pode facilitar a construção de novas progressões harmônicas e melódicas.
Desenvolvimento de Audição: Ao trabalhar com intervalos e graus, os músicos também podem melhorar sua audição musical, tornando-se mais capazes de identificar funções harmônicas e melodias em diferentes contextos.
Em resumo, essa vertente que prioriza a utilização de graus e intervalos, em vez de cifras, é uma abordagem válida e muitas vezes eficaz para a música, especialmente no jazz e em outros gêneros que enfatizam a improvisação. Ela promove uma compreensão mais profunda da música e pode enriquecer a criatividade e a expressividade do músico.