Antes do ECA, como funcionava o sistema de venda de bebidas alcoólicas a menores? Era livre?
NÃÃÃAO!!
Antes era considerada contravenção penal, conforme o artigo 63 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei 9.760/1948), o qual previa:
"Art. 63. Servir bebidas alcoólicas:
I- a menor de 18 anos"
Mas a lei 13.106/15 revogou o inciso I do art. 63 da Lei de Contravenções e incluiu o artigo 243 no ECA:
"Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica"
Antes do Estatuto, no Brasil, vigorava o Código de Menores, uma lei que era voltada apenas para crianças e adolescentes em situação de risco.
Não
Não
Antes da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, a venda de bebidas alcoólicas a menores era tratada como contravenção penal, conforme estabelecido no artigo 63 da Lei de Contravenções Penais (Decreto-Lei 9.760/1948). Vamos detalhar essa questão, incluindo a legislação aplicável e a transição para o novo regime jurídico.
O artigo 63 do Decreto-Lei 9.760/1948 estabelecia:
"Vender, fornecer, servir ou entregar, a menor de 18 anos, bebidas alcoólicas, salvo em caso de autorização de um responsável".
A penalidade prevista era uma multa ou prisão simples, configurando uma contravenção penal. Essa legislação demonstrava uma preocupação com a proteção dos menores, mas sua eficácia era limitada pela falta de fiscalização e pela cultura permissiva em várias regiões do Brasil.
A abordagem anterior à promulgação do ECA era criticada por vários motivos:
Com a promulgação do ECA em 1990, houve uma mudança significativa na forma como o Brasil lida com a proteção de crianças e adolescentes:
O ECA estabeleceu um novo paradigma, reconhecendo crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, e não apenas como objetos de proteção.
A promulgação do ECA e a tipificação das infrações relacionadas à venda de álcool a menores trouxe impactos positivos, incluindo:
A legislação anterior, que considerava a venda de bebidas alcoólicas a menores uma contravenção penal, refletia uma preocupação com a proteção da infância, mas carecia de eficácia e uniformidade na aplicação. Com a introdução do ECA, o Brasil deu um passo significativo em direção à proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes, estabelecendo normas mais rigorosas e abrangentes.