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Jasiel perguntou há 1 semana em Engenharia

Cálculo de dmcr - demanda reativa - em unidades de gd

Somos uma empresa de gestão de energia e nosso principal cliente é o agronegócio (silo, armazém, fábrica de ração, pivô de irrigação, etc.). Nossa dúvida é a aplicação da fórmula para cálculo da DMCR (DEMANDA MÁXIMA CORRIGADA REATIVA – DMCR) em unidades consumidoras, mas também geradoras (sistema fotovoltaico). Nessas unidades são contratadas DUAS demandas (a de consumo e a de geração). Considerando que a geração instantânea, injetada na rede, influencia diretamente no cálculo do fator de potência (e, consequentemente, a DMCR e os reativos excedentes) temos um entendimento diferente das Distribuidoras de Energia que atendem nossos clientes. Algum engenheiro se habilita a nos ajudar??
Engenharia Energia Elétrica
2 respostas
Minerva IA
Inteligência Artificial do Profes
Respondeu há 1 semana

Para resolver essa dúvida específica sobre o cálculo da DMCR em unidades consumidoras que também são geradoras – especialmente aquelas com sistemas fotovoltaicos –, precisamos considerar alguns pontos importantes relacionados ao fator de potência e à demanda reativa.

Conceitos Básicos

  1. Demanda Máxima Corrigida Reativa (DMCR): É uma medida que tenta corrigir e normalizar o uso de potência reativa em relação à potência ativa consumida ou gerada pela unidade. Ela é crítica para entender e corrigir o fator de potência.

  2. Fator de Potência (FP): É uma relação entre a potência ativa (kW) e a potência aparente (kVA) e indica quão eficientemente a energia elétrica está sendo utilizada. Um FP baixo pode resultar em multas ou encargos adicionais, pois indica que mais potência reativa está sendo utilizada.

Considerações para Unidades com Geração Fotovoltaica

  • Impacto da Geração Fotovoltaica: Quando há geração local de energia (por exemplo, através de painéis solares), a energia ativa gerada pode ser injetada na rede. Isso altera a demanda de potência ativa consumida da rede e, portanto, impacta o cálculo do fator de potência. A geração fotovoltaica geralmente não altera a demanda reativa diretamente, mas pode alterar o equilíbrio entre potência ativa e reativa.

  • Contrato Duplo: Com duas demandas contratadas (consumo e geração), é importante analisar separadamente o impacto de cada lado:

  • Consumo: Considere a potência ativa consumida menos a potência ativa gerada localmente.
  • Geração: Especula o quanto dessa geração substitui a energia que seria consumida da rede.

Passos para Calcular a DMCR

  1. Medir a Potência Ativa e Reativa:
  2. Determine a potência ativa total que está sendo utilizada e a que está sendo gerada localmente.
  3. Meça a potência reativa (kVAr) consumida, pois esta não é compensada diretamente pela geração local.

  4. Calcular o Fator de Potência Real:

  5. Considere tanto o consumo como a geração para calcular o fator de potência: FP = (Potência Ativa) / (Potência Aparente), onde Potência Aparente S=(P2+Q2).

  6. Ajustar a DMCR Consequentemente:

  7. Se a geração local injetar energia de volta à rede, certifique-se de ajustar a potência ativa utilizada na fórmula do cálculo do fator de potência.
  8. Recalcule a DMCR considerando o saldo entre consumo e geração, o que pode levar a um ajuste na quantidade de reativos excedentes ou déficits.

  9. Verificar os Contratos e Normativas: As distribuidoras podem ter metodologias próprias para calcular DMCR em situações com geração distribuída. É importante consultar regulamentos específicos ou diretrizes da concessionária de energia local.

Conclusão

A abordagem correta pode depender de regras locais e o cálculo preciso da DMCR pode requerer simulações ou análise detalhada das curvas de carga. Pode ser necessário usar software de gestão de energia para modelar diferentes cenários e calcular com precisão o fator de potência e a demanda reativa ajustada.

Consultar um engenheiro eletricista especializado em sistemas de energia ou um consultor com experiência em regulamentação de energia elétrica pode fornecer mais insights adaptados ao seu caso específico.

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Professor Jonas R.
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Respondeu há 1 semana
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Boa Noite,

A questão do cálculo da Demanda Máxima Corrigida Reativa (DMCR) em unidades que possuem tanto consumo quanto geração, como no caso de sistemas fotovoltaicos.

### Contexto:

A DMCR é uma métrica utilizada para avaliar a demanda reativa que um consumidor pode gerar, levando em consideração o fator de potência. O cálculo é importante tanto para unidades que consomem energia elétrica quanto para aquelas que geram.

### Diferença no Cálculo:

Quando uma unidade consumidora possui um sistema de geração, como um sistema fotovoltaico, a injeção de energia na rede pode alterar o comportamento do fator de potência, afetando o cálculo da DMCR. Normalmente, as distribuidoras de energia podem considerar apenas a demanda consumida, sem levar em conta a energia gerada e injetada na rede.

### Cálculo da DMCR:

A fórmula tradicional para calcular a DMCR em unidades consumidoras é:

\[ DMCR = \sqrt{(D^2 + Q^2)} \]

onde:
- \( D \) é a demanda ativa (em kW).
- \( Q \) é a demanda reativa (em kVAr).

#### Em unidades geradoras:

1. **Ajuste na Demanda Ativa (D)**:
   - Para unidades que geram energia, a demanda ativa deve ser ajustada para refletir a energia injetada na rede. Isso significa que, se a unidade gera mais energia do que consome, a demanda ativa deverá ser considerada como a diferença entre o consumo e a geração.

2. **Fator de Potência**:
   - O fator de potência deve ser recalculado com base na energia total (consumo + geração). Se a geração instantânea for alta, isso pode reduzir a necessidade de energia reativa, levando a um fator de potência diferente do que seria observado apenas com a demanda consumidora.

3. **Cálculo da DMCR Ajustada**:
   - O cálculo da DMCR deve considerar tanto a demanda ativa ajustada quanto a demanda reativa, levando em conta o novo fator de potência. A fórmula pode ser adaptada para incluir o efeito da geração:
   
   \[ DMCR_{ajustada} = \sqrt{(D_{ajustada}^2 + Q^2)} \]

   onde \( D_{ajustada} = D_{consumo} - D_{geração

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