Guerra fria

A Guerra Fria surge com o fim da Segunda Guerra Mundial e o estabelecimento de novas potências, a URSS e os EUA. Ambas consolidam o status de potência com a criação de bombas atômicas e a crescente expansão de poder e influência geopolítica. A União Soviética, assim, importa sua ideologia socialista (principalmente) para o terceiro-mundo. Na contrapartida, os EUA, receosos com a doutrina do "efeito dominó" (isto é, caso uma país de uma região cedesse ao socialismo soviético, arrastaria a região inteira junto), financia ditaduras, como as latino-americanas e até entra em conflitos diretos com forças ditas revolucionárias nestas nações, a citar: Coréia, Vietnã, Cuba, etc. O ápice da Guerra Fria, o momento em que mais "esquentou", será a Crise dos Mísseis cubanos. Nesta ocasião, os EUA moveram uma base de mísseis nucleares para a Turquia, tornando a URSS um alvo fácil. Em resposta, os soviéticos movem mísseis de igual alcance para Cuba, deixando os EUA em igual situação. A Crise é resolvida quando as lideranças resolvem remover ambas bases. O fim da Guerra Fria é marcado por um "esfriamento" de conflitos, dadas crises de petróleo (impactando ambas economias e fazendo com que redirecionassem recursos de modo menos beligerante) e, posteriormente, o colapso político interno da URSS, que fragmenta a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas em nações independentes, capitalistas. Até hoje, os impactos da Guerra Fria sobrevivem no cinema, na cultura e no campo político-ideológico, com muitas discussões sobre as diferenças e antagonismos dos dois regimes.

A Guerra Fria se estendeu de 1945 a 1991 e foi um período marcado pela rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética, duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial com espectros ideológicos diferentes. Nesse conflito ideológico, houve inúmeros confrontos indiretos, utilizando-se de outros países, bem como uma disputa pela hegemonia política e econômica mundial, criando dois lados econômicos do mundo, um capitalista e outro comunista. O capitalismo busca se espalhar para o resto do mundo, tanto por considerá-la superior quanto para beneficiar-se dela. Entre os aspectos positivos do capitalismo temos a questão das liberdades coletivas e individuais, a possibilidade de ascensão através do trabalho, a existência de debates democráticos onde a divergência é aceita, a alta produtividade econômica. Em compensação, estes aspectos, senão bem controlados, podem levar a grandes problemas, como concentração de renda, desigualdades sociais, estagnação econômica, influência de grandes corporações na política, crises cíclicas, o aumento da pobreza e de desigualdade. O comunismo também buscava espalhar-se pelo mundo, pois defende que não pode conviver concomitantemente com o capitalismo, pois este último tem características que levam à sua destruição, como por exemplo a propaganda e a tentação da riqueza. Os pontos positivos do sistema comunista são a propriedade coletiva dos bens, buscando diminuir e eliminar a pobreza e a desigualdade, o controle do estado sobre a economia, evitando interferências negativas, o planejamento a longo prazo, maiores investimentos públicos em áreas consideradas necessárias, como saúde e educação. Negativamente, há o controle extremo do estado sobre a população, a repressão a quem discorda do sistema, as fracas liberdades individuais, a possibilidade maior de corrupção, pois o estado detém maior força, sendo difícil ser investigado, e principalmente a pobreza generalizada da população, uma vez que a economia comunista mostrou-se um fracasso.