Tratamento de efluentes industriais

Cloreto de polialumínio (PAC) é um coagulante polimérico inorgânico pré-hidrolisado que tem se destacado no tratamento de água de abastecimento e residuária por formar um precipitado de Al(OH)3* rígido e pesado, além de ter baixo efeito no pH. A literatura, porém, ainda é escassa na correlação da química e da física do coagulante com otimizações de processo. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi empregar o PAC em estudos de tratabilidade de água de abastecimento via coagulação, floculação e sedimentação. Os coagulantes mais utilizados nas ETAs do Brasil são sais de ferro ou alumínio, que hidrolisam rapidamente com a água e geram um precipitado amorfo do tipo Fe(OH)3 ou Al(OH)3. Recentemente, tem-se estudado o uso de coagulantes poliméricos orgânicos e inorgânicos em substituição, total ou parcial, aos coagulantes inorgânicos tradicionais Entre esses, o coagulante do tipo cloreto de polialumínio (PAC) é o mais comum e de maior disponibilidade no mercado nacional. O PAC é produzido comercialmente pela reação controlada de sais de alumínio com uma base. Eles são caracterizados pelo seu grau de neutralização. [OH - ] = base adicionada durante a produção; [Al T ] = alumínio total disponível. A basicidade também pode ser calculada em %. O valor de r pode variar de 0 a 3, correspondendo à basicidade de 0 a 100%. PACs comerciais são normalmente disponíveis na basicidade entre 15 e 85%, sendo acima de 60% considerado alta basicidade. A basicidade afeta o consumo de alcalinidade do coagulante, bem como a prevalência da formação de espécies poliméricas ou monoméricas. A termodinâmica da formação de espécies dissolvidas de Al, bem como o precipitado amorfo de Al(OH)3, são altamente dependentes do pH do meio. O estudo do emprego do PAC em estudos de tratabilidade de água de abastecimento via coagulação, floculação e sedimentação permite concluir: O modelamento matemático das dosagens de ácido, base, caulinita e coagulante para controle de pH e de turbidez da água de estudo mostrou-se uma ferramenta efetiva para a construção do diagrama de coagulação; O pH exerce forte influência na eficiência de remoção de turbidez e cor aparente, visto que o mecanismo de coagulação por varredura é determinado pela solubilidade do precipitado formado de Al(OH)3*, que depende do pH e da dosagem aplicada do coagulante; Otimizações das operações unitárias de coagulação e floculação, desde que estejam dentro da região de pH e dosagem favorável do diagrama de coagulação, permitem redução do tempo de processo, diminuição da área de sedimentação, aumento da remoção de turbidez e cor aparente ou redução no consumo de coagulante. Esses resultados são alcançados em razão do aumento do tamanho do floco formado nessas etapas.

A adição de ácido clorídrico diluído juntamente com policloreto de alumínio (PAC) em um tratamento de efluente industrial para redução do pH pode afetar a eficiência do PAC dependendo das condições específicas do processo. Aqui estão alguns pontos a serem considerados:

1. Concentração de ácido clorídrico: Se a concentração de ácido clorídrico adicionado for muito alta, pode ocorrer uma reação entre o ácido clorídrico e o PAC, levando à formação de complexos de alumínio clorados insolúveis, que podem diminuir a eficiência do PAC como coagulante e floculante.

2. pH ideal: O PAC é mais eficaz em faixas específicas de pH. Reduzir o pH do sistema pode deslocar o equilíbrio químico das espécies presentes na solução, afetando a capacidade do PAC de formar flocos e coagular partículas suspensas.

3. Interferência na coagulação: O aumento da acidez da solução pode interferir na capacidade do PAC de neutralizar cargas superficiais das partículas em suspensão, reduzindo assim sua capacidade de floculação e coagulação.

4. Toxicidade: O aumento da concentração de ácido clorídrico na solução pode resultar em um aumento na toxicidade do efluente tratado, o que pode ser prejudicial para o meio ambiente.

Portanto, é importante dosar cuidadosamente a quantidade de ácido clorídrico adicionado e monitorar os parâmetros do processo, como pH e eficiência de coagulação, para garantir que o tratamento seja eficaz e não comprometa a eficiência do PAC. Idealmente, um estudo de viabilidade e testes piloto devem ser realizados antes de implementar mudanças significativas no processo de tratamento de efluentes industriais.

Bom dia,

As chances de eliminação da eficiência do policloreto de alumínio no tratamento de efluentes industriais devido ao aumento da quantidade de ácido clorídrico (HCl) diluído são baixas. Isso porque o policloreto de alumínio é um composto estável e suas propriedades coagulantes e floculantes não são significativamente afetadas pelo aumento do pH. No entanto, é importante monitorar cuidadosamente a dosagem de ambos os reagentes para evitar excessos que possam prejudicar o processo de tratamento.