Oii, esse foi o meu rascunho da minha redação Enem 2023, algumas palavras que eu errei tive que fazer um traço no meio delas, porém escrevi a correção logo acima, será que eu perdi muito ponto? O recomendado é fazer o risco e reescrever na frente. Bom... Essa foi a minha redação! Por favor me tirem essa dúvida! Espero dar muito orgulho para minha família e meu colégio, por isso peço que avaliem!
A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, estabelece, em seu artigo 5°, o acesso aos direitos básicos como inerente a todos os cidadãos brasileiros. Entretanto, essa premissa não é plenamente aplicada na prática, quando se trata dos impasses relacionados à invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil. De fato, os estereótipos de gênero, aliados à omissão estatal, são vertentes que intensificam essa problemática.
Precipuamente, é primordial ressaltar os estereótipos de gênero como um dos principais desafios enfrentados. Conforme argumentado por Simone de Beauvoir, em sua obra "O Segundo Sexo", a qual retrata tais estereótipos atrelados ao patriarcado sobre a dominação masculina, perpetuando, assim, a omissão das mulheres, atribuindo-las às atividades domésticas em seus lares. Essa concepção está intrinsecamente ligada à contemporaneidade nacional, pois perpetua a ideia de que determinados cargos, principalmente os que necessitam a locomoção para outros ambientes, são adequados para os homens. Essas crenças discriminatórias consideram as mulheres como seres frágeis para a mobilidade urbana, isto é, se locomoverem até os lares de seus clientes que precisam de auxílio. Logo, é evidente a sub-representação feminina no setor laboral de cuidado.
Ademais, a omissão estatal é fator limitante para a predominância da problemática. Sob esse viés, o sociólogo Karl Marx, através do seu conceito de "alienação da atividade" afirmou que trabalhadoras enfrentam dificuldades para serem remuneradas salariamente pelo horário de trabalho exercido de forma correta. Dessa forma, torna-se explícita a ausência de políticas públicas que asseguram o financiamento das trabalhadoras e auxiliadoras, de pessoas neurodivergentes ou de idade avançada nas suas atividades cotidianas, para adquirirem outros direitos básicos como, por exemplo, mantimentos alimentícios.
Infere-se, portanto, a necessidade de desconstruir esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Estado e o Ministério do Trabalho implementem leis eficazes, que visam na revisão da distribuição de renda de todos os setores, a fim de destinar verba suficiente para o âmbito laboral de cuidado. Outrossim, é importante a criação de palestras públicas e gratuitas que conscientizem a sociedade sobre a importância da mulher no mercado de trabalho, tornando-se um corpo social mais justo.
