Desenhar é muito mais do que colocar lápis no papel. É olhar atentamente para o mundo, reparar em detalhes que passam despercebidos e transformar o que vemos em algo pessoal e único. Cada linha, cada sombra, cada traço é uma pequena tradução do que sentimos ou pensamos.
O curioso é que o desenho não exige perfeição — exige atenção, curiosidade e vontade de experimentar. Um traço torto pode virar movimento, uma mancha inesperada pode virar textura, e uma combinação inusitada de cores pode revelar novas perspectivas.
Além de registrar ideias, desenhar também ajuda a observar o mundo com outros olhos. Quem desenha aprende a notar proporções, luz, contraste e ritmo — habilidades que vão muito além do papel e mudam a forma de perceber o cotidiano.
E talvez o mais fascinante de tudo seja isso: ninguém desenha da mesma forma que outra pessoa. Cada traço carrega uma identidade própria, uma maneira singular de enxergar e interpretar o mundo.
No fim das contas, desenhar é uma forma de conversar com o mundo sem palavras. É permitir que a imaginação encontre caminhos inesperados e que a observação se transforme em criação.