Antígeno+e+Imunógeno
em 11 de Setembro de 2017
v Técnicas de Reprodução Humana
Setor de Reprodução Humana da UNIFESP - www.unifesp.br/grupos/rhumana/
Inseminação intra-uterina
A inseminação intra-uterina é um dos procedimentos mais simples dentre os utilizados na Reprodução Humana. Quando bem indicada e realizada com técnica adequada, a inseminação oferece taxas de gravidez de até o dobro das obtidas na reprodução natural. As diversas etapas do procedimento são descritas abaixo.
1º Estimulação controlada dos ovários: como ocorre com a fertilização in vitro, são utilizados remédios para estimular os ovários, o que permite um desenvolvimento mais adequado dos folículos e melhores taxas de gravidez. Em geral, utilizam-se os estimulantes a partir do segundo dia do ciclo menstrual, monitorizando-se o tamanho dos folículos com ultra-sonografias transvaginais seguidas. utilizada na fertilização in vitro, com o que se minimiza o risco de gravidez múltipla.
2º Indução da ovulação: quando pelo menos um folículo atinge diâmetro médio maior ou igual a que 17 mm, é administrado o hCG , que serve para induzir a maturação final do oócito e a ruptura do folículo. Isto ocorre, em média, cerca de 36 horas após o uso do hCG, ocasião a partir da qual pode ser realizada a inseminação intrauterina.
3º Introdução dos espermatozóides no útero: após as 36 horas, tendo os folículos ovulado (o que pode ser visto ao ultra-som), a paciente é colocada em posição ginecológica, sendo introduzido um espéculo vaginal para exposição do orifício externo do colo do útero. Um cateter plástico, acoplado a uma seringa contendo o sêmen previamente preparado, é introduzido no orifício do colo e o sêmen é introduzido no fundo do útero.
4º O que se espera que aconteça: as tubas devem captar os oócitos e os espermatozóides, penetrando nas tubas, devem fertilizá-los. Estas etapas acontecem como na reprodução natural, com a diferença de que os espermatozóides são preparados e colocados no fundo uterino, e de que existe a possibilidade de fertilização de mais de um óvulo (oócito). Se ocorrer a fertilização, o embrião ainda tem que implantar no endométrio, como o ciclo de gravidez natural. Assim sendo, muito do que acontece na inseminação intrauterina foge do nosso controle, seguindo caminho natural.
A inseminação intra-uterina oferece melhores resultados quando são colocados no útero pelo menos cinco milhões de espermatozóides móveis com morfologia estrita maior que 4%. Além disso, para que se possa realizar a inseminação, é necessário que pelo menos uma das tubas (trompas) seja íntegra. Nessas condições, o procedimento pode ser utilizado quando os espermatozóides não conseguem atravessar o muco cervical , quando existe infertilidade sem causa aparente,e quando a quantidade e motilidade de espermatozóides são baixas mas próximas do normal.