PROJETO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA
Por: Edilson T.
25 de Janeiro de 2017

PROJETO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA

Letras

 

PROJETO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA EDUCATIVA: ESTRATÉGIA DE LEITURA APLICADA ÀS VÁRIAS CIÊNCIAS.

1. Identificação:

1.1. Tema: Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências.

1.2. Localização: O projeto será desenvolvido no laboratório de informática do Centro de Ensino Fundamental 08 de Planaltina-DF e terá como extensão de suas atividades a biblioteca da escola.

1.3. Proponente: Professor Edilson dos Reis Torres, Pós-Graduado em Língua Portuguesa e Pós-Graduado em Gestão de Projeto de Software.

1.4. Público alvo: Profissionais da educação e alunos do Centro de Ensino Fundamental 08 de Planaltina-DF.

2. Situação-problema: Como aliar educação à tecnologia? Como estudantes utilizam a informática para aprimorar a leitura, estabelecer metas, desenvolver pesquisas e resolver problemas?

3. Justificativa:

O presente projeto "Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências" busca esclarecer como estudantes utilizam a informática para aprimorar a leitura, estabelecer metas, desenvolver pesquisa e resolver problemas. Buscar as origens, registrar as informações, sintetizá-las e tirar conclusões lógicas do objeto em análise são diretrizes fundamentais para análise de textos. É bom lembrar que o texto permeia por fases que garantem um estudo eficaz do objeto em análise. Ora, o estudante sente-se desnorteado por não encontrar uma estratégia específica para nortear seus estudos. É pensando nisso que debruço prazerosamente em nortear o estudo de diversos estudantes por meio da leitura, análise e interpretação de textos.

Além disso, o projeto trata-se da informática educativa como mais um importante recurso pedagógico em nosso ambiente de trabalho. Sabe-se que houve época em que era necessário justificar a introdução da informática na escola. Hoje já existe consenso quanto à sua importância. Entretanto o que vem sendo questionado é da forma com que essa introdução vem ocorrendo.

Portanto, o desafio está em como estimular os jovens a buscar novas formas de pensar, de procurar e de selecionar informações, de construir seu jeito próprio de trabalhar com o conhecimento e de reconstruí-lo continuamente, atribuindo-lhe novos significados, ditados por seus interesses e necessidades. Como gerenciar seus estudos e qualidade de projetos, como despertar-lhes o prazer e as habilidades da escrita, a curiosidade para buscar dados, trocar informações, atiçar-lhes o desejo de enriquecer seu diálogo com o conhecimento sobre outras culturas e pessoas, de construir peças gráficas, de visitar museus, de olhar o mundo além das paredes de sua escola, de seu bairro ou de seu país.

4. Objetivo geral: Aliar a educação aos recursos tecnológicos, especialmente a Internet, do Centro de Ensino Fundamental 08 de Planaltina-DF, utilizando-se do projeto Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências.

4.1 Objetivos específicos:

Capacitar estudantes e profissionais da educação para a utilização de ferramentas da informática na educação, a fim de diversificar e ampliar os processos de ensino e aprendizagem;

Gerenciar a qualidade do projeto Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências;

Capacitar o aluno a desenvolver pesquisa por meio do plano de ação;

Divulgar cursos para funcionários da escola para a utilização de ferramentas da informática na educação;

Integrar os recursos tecnológicos de forma significativa com o cotidiano educacional;

Integrar o projeto Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências ao Projeto Político Pedagógico da escola;

Contemplar as diversas áreas do conhecimento de forma interdisciplinar;

Elaborar um plano de qualidade do projeto Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências;

Realizar o controle de qualidade do projeto com o auxílio da direção da escola.

5. Metodologia:

Este projeto será desenvolvido no laboratório de informática do Centro de Ensino Fundamental 08 de Planaltina-DF e terá como extensão de suas atividades a biblioteca da escola, que será também um elemento incentivador para o aluno na busca do conhecimento.

O público alvo são alunos dos dois turnos, matutino e vespertino, e profissionais da área de educação do CEF 08 de Planaltina-DF.

A estratégia de leitura aplicada às várias ciências corresponde às diversas disciplinas do aluno em sua série escolar de ensino. O professor, por meio do plano de ação, estabelece comandos aos alunos a fim de desenvolver a pesquisa. O comando pode ser por meio de roteiro de pesquisa, estudo dirigido, situação-problema ou até mesmo questões objetivas comentadas, etc. O professor é quem estabelece a estratégia de leitura, pois é o profissional qualificado para estabelecer diretrizes para o trabalho escolar.

6. Referencial Teórico:

Como ressalta o professor Arnaldo Niskier, "a informática, hoje, tem uma participação muito grande em diversos ramos da atividade humana. Mais que isso, ela é indispensável nas áreas em que é introduzida. Portanto, aplicá-la à educação apresenta-se como algo fundamental para uma adaptação do processo educativo às características da sociedade contemporânea. Diante disto, pode-se constatar que a importância de projeto como este, de iniciativa pública, reside não só no fato de possibilitar às crianças um contato com uma tecnologia a qual não podem ignorar, sob pena de sofrerem uma exclusão profissional ou, até mesmo, social. Sua importância também está no oferecimento a estas crianças de um método de ensino lúdico, com a utilização de toda a interatividade e desenvolvimento da criatividade e do raciocínio lógico que a informática apresenta a todos nós, sejamos crianças, jovens ou adultos".

Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, como também construí-la. Para que isso ocorra, o professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele.

GOUVÊA "O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento - sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas..."

Mas, para o professor apropriar-se dessa tecnologia, devemos segundo FRÓES "mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do laboratório de informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional."

Ao introduzir-se a Informática Educativa, percebe-se um primeiro momento, no qual o professor reproduz sua aula na sala de informática. É o momento durante o qual a preocupação central é observar a ferramenta.

Esse momento é muito importante e não se deve forçar o professor a uma mudança de atitude diante da potencialidade expressa pelo computador. É o momento do contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante da introdução da Informática. Segundo PENTEADO (2000): " Professores devem ser parceiros na concepção e condução das atividades com TI ( Tecnologias Informáticas) e não meros espectadores e executores de tarefas."

A mudança ocorre, quando o professor percebeque pode fazer mais do que está acostumado; é o momento em que ele começa a refletir sua prática e percebe o potencial da ferramenta. Nesse momento o professor está vulnerável as mudanças. Ele vai da defesa para a descoberta. É o momento propício para o gestor de software sugerir modificação na sua prática pedagógica.

Nesse segundo momento, as mudanças ocorrem mais na forma de trabalhar a aula. Agora existe uma preocupação de explorar a ferramenta, para ajudar no processo de aprendizagem. É nesse momento que surgem os softwares de autoria, os simuladores e os projetos dos alunos, mas o professor ainda não consegue transcender sua aula. A preocupação se dá ainda com o conteúdo da sua disciplina. Mas, agora, aparece um novo elemento: o descobrir leva a um desafio constante, que leva a sua preocupação para o processo de aprendizagem.

O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade, existe uma busca de alternativas para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação integral.

Entretanto é o momento em que o professor precisa do apoio da coordenação, do gestor de software ou, até mesmo, da direção. É o momento em que necessita de um projeto pedagógico da escola, a fim de trabalharem juntos.

Diz Ivani Catarina Arantes FAZENDA: "A atitude interdisciplinar não está na junção de conteúdos, nem na junção de métodos; muito menos na junção de disciplinas, nem na criação de novos conteúdos produtos dessas funções; a atitude interdisciplinar está contida nas pessoas que pensam o projeto educativo. Qualquer disciplina, e não especificamente a didática ou estágio, pode ser a articuladora de um novo fazer e de um novo pensar a formação de educador." (FAZENDA, 1993:64)

HEINECK propõe: "Os educadores têm que ser capazes de articular os conhecimentos para que o todo comece a ser organizado, e assim inicie-se a superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Uma prática interdisciplinar, certamente contribuirá para o forjamento de cidadãos conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade."

O quarto momento é marcado pela transcendência além dos muros da escola, escola-bairro, escola-cidade, escola-escola e escola-mundo. É o momento da troca, da comunicação e participação comunitária. É o momento da aprendizagem cooperativa. A preocupação é o processo de aprendizagem, mas voltado para uma interação social. O conteúdo é trabalhado dentro de um contexto, a ênfase é dada à coletividade; a participação política e social, à cidadania.

Como diz LEVY, a construção do conhecimento passa a ser igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, de forma a fazer uma inteligência coletiva. "É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências." (LÉVY, 1998, p. 28)

O interessante seria que a escola, como um todo, passasse por esses momentos, todavia o que se percebe hoje é que a maioria das escolas está no segundo momento. Talvez por falta de um projeto pedagógico, do apoio de uma pessoa que exerça a função de um gestor de software, ou melhor, de uma vontade política!

7. Cronograma:

Do cronograma das aulas e pesquisas no laboratório de informática.

MATUTINO

LI : Laboratório de Informática:

LIE: Laboratório de Informática Educativa (atividade de pesquisa)

LIE: contraturno.

LI: no mesmo turno.

VESPERTINO

LI : Laboratório de Informática:

LIE: Laboratório de Informática Educativa (atividade de pesquisa)

LIE: contraturno.

LI: no mesmo turno.

Do cronograma do projeto Laboratório de Informática Educativa: Estratégia de Leitura Aplicada às Várias Ciências.

1. Elaboração do projeto

2. Aplicação do projeto

3. Socialização

4. Avaliação

8. Avaliação: A avaliação ocorrerá durante o processo, através da observação no desenvolvimento das atividades diárias, da autoavaliação do aluno, da avaliação bimestral, da reunião pedagógica, do conselho de classe, etc.

9. Orçamento: Recursos destinados à educação de acordo com o projeto autorizado.

10. Recursos humanos e materiais: Professor qualificado para o projeto, professores regentes, alunos, computadores, caixa de som, lousa, pincel para quadro branco e manual de noções básica de informática.

11. Referências:

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; ALMEIDA, Fernando José de. Uma zona de conflitos e muitos interesses. In: Salto para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998. 112 p. Série de Estudos Educação a Distância.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Da atuação à formação de professores. In:Salto para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998. 112 p. Série de Estudos Educação a Distância.

BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e educação matemática - coleção tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte - 2001.

FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1993.

FRÓES, Jorge R. M. A relação homem-máquina e a questão da cognição. In: Salto para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998. 112 p. Série de Estudos Educação a Distância.

GOUVÊA, Sylvia Figueiredo- Os caminhos do professor na era da tecnologia - Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 2ª. ed. SP: Atlas, 1991.

HEINECK, Dulce Teresinha - A interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem - http://www.unescnet.br/pedagogia/direito9.htm ( nov/2002)

KERCKHOVE, D. A pele da cultura. Lisboa: Relógio d'Água, 1997.

TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. 2. ed.São Paulo: Érica, 2000. 143 p.

VALENTE, José Armando. Análise dos diferentes tipos de software usados na educação. In: Salto para o futuro: TV e informática na educação. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, 1998. 112 p. Série de Estudos Educação a Distância.

VALENTE, José Armando. "Informática na educação: a prática e a formação do professor". In: Anais do IX ENDIPE (Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino), Águas de Lindóia,1998p. 1-1.

 

 

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em 2 de fevereiro de 2019

Esperamos poder Colaborar com os Companheiros!
Abraço Forte

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em 2 de fevereiro de 2019

Estamos Analisando, cuidadosamente, o Projeto e buscando adaptar a Realidade da Nossa Escola Estadual de Ensino Médio Mauro Sampaio, em Barro-Ceará.
Excelente Projeto que irá nos ajudar a realizar um Bom Trabalho no Laboratório de Informática, inserindo toda a Comunidade Escolar!

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