Há décadas as pessoas escolhem a melhor forma de ter sua moradia. Neste tipo de decisão, devemos dosar fatores emocionais (desejo/ansiedade) e racionais (cálculos e premissas).
Escolher um imóvel novo ou usado e financiá-lo é uma escolha popularmente feita pela grande maioria das pessoas no Brasil. Em geral, elas justificam como finalmente tendo o seu imóvel próprio e “fugir do aluguel”, afirmações que viraram até ditados populares, utilizados por construtoras, bancos e vendedores para impulsionar esse mercado. Esquecem, no entanto, que, até o final da quitação do imóvel, em geral muitas décadas, o mesmo não é seu, e, sim, da instituição financeira que forneceu o empréstimo. Outro argumento utilizado ao comparar com o aluguel é o da sensação de “jogar dinheiro fora” pois o aluguel não representa nenhuma posse patrimonial. Ainda, pesa nesta decisão a escolha de um local fixo e sem possibilidade de mudança. Todos argumentos até agora foram emocionais.
Porém, ao nos debruçarmos sobre cálculos e números, podemos ter uma grande surpresa: o financiamento pode gerar uma dívida gigantesca ao comprador e uma decisão irreversível. Para explicar todos os cálculos simulados, será necessária uma planilha comparativa mostrada na figura abaixo.
Os cálculos foram feitos para dois cenários: financiamento de 20 e 35 anos. Resultados:
EMPRÉSTIMO de 20 anos:
Ao dar R$100.000 de entrada e financiar os R$250.000 restantes, o devedor pagará, ao final do período, a quantia total de R$562.000 reais pelo empréstimo daquele valor.
Porém, se tivesse alugado um imóvel no valor de R$1.500 por mês, e investido R$1.000 por mês, teria acumulado, ao final de 20 anos, um saldo positivo de +R$597.000.
EMPRÉSTIMO de 35 anos:
Pagando R$100.000 de entrada e financiando os R$250.000 restantes, o devedor pagará, ao final do período, a quantia total de R$670.000 pelo empréstimo daquele valor.
Porém, se tivesse alugado um imóvel no valor de R$1.500 por mês, e investido R$1.000 por mês, teria acumulado, ao final de 35 anos, um saldo positivo de +R$2.504.000.
Moral da história:
Uma decisão emocional pode penalizar em muito seu futuro financeiro.
Uma escolha racional, aliada a uma disciplina financeira de anos, pode produzir um volume de recursos inimaginável para pessoas comuns.
Portanto, entenda, analise e decida seu futuro.
O importante é não se arrepender!