Por que os "Gringos" querem Aprender Português?
Por: Ana H.
25 de Maio de 2020

Por que os "Gringos" querem Aprender Português?

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Era uma vez um alemão - mas poderia também ser um inglês, uma francesa, um australiano ou alguém de um outro lugar qualquer do mundo - que veio ao Brasil de férias e se apaixounou.

Vou chamá-lo de Hans. Hans nunca imaginou que pudesse existir um povo tão caloroso e entusiasmado.

Chegou aqui em meados do mês de Dezembro para passar as festas de fim de ano visitando uma brasileira que conhecera em sua pequena cidade alemã. Na sua terra, a noite de Natal é apenas um jantar em família, e a véspera de Ano Novo, um momento para se encontrar com os amigos, ceiar, esperar pela meia-noite e, comportadamente, voltar para casa. Se sua amiga brasileira é que tivesse ido passar os feriados na Alemanha, ela seria levada a conhecer a cidade por Hans, só conhecendo seus amigos, se por acaso estes estivessem na festa de fim de ano ou em alguma outra ocasião social.

Mas não é assim no Brasil. Hans foi apresentado à família de sua amiga, aos vizinhos, à tia solteira, ao porteiro, à moça da padaria ...

E todos eles tentavam, mesmo sem falar uma palavra de alemão, saber um pouco da vida de Hans, falar um pouco do Brasil, indicar lugares para visitar, comidas deliciosas e experiências que prometiam ser inesquecíveis.

E lá se foi Hans, comer feijoada e bobó; visitar o Cristo e o Pão de Açúcar, conhecer as praias mais lindas. Foi a Búzios e a Petrópolis, mas infelizmente não teve tempo de conhecer e experimentar tudo que seus novos amigos insistiam que era imperdível. Infelizmente perdeu a Bahia, os Lençóis Maranhenses, os restaurantes paulistas e as cidades do Sul. Não deu tempo, ele tinha só quinze dias. 

E lá se foi Hans de volta para a Alemanha, que àquela altura vivia o auge do inverno. Foi quando ele decidiu que tinha que voltar ao Brasil e viver toda a brasilidade que lhe faltava.

Enquanto sonhava e planejava, percebeu que queria mais, que tinha amado aquela terra e por isso tinha que poder se comunicar com todas aquelas pessoas maravilhosas que conhera sem precisar de intérprete.

E então começou seu aprendizado.

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Once upon a time, there was a German - but it could also be an Englishman, a Frenchwoman, an Australian or someone from any other country in the world - who came to Brazil and fell in love.

I'll call him Hans. Hans never imagined that there could be such a warm and enthusiastic people.

He arrived in middle December to spend the holiday season visiting a Brazilian lady he had met in his small town back home. 

In his homeland, Christmas Eve is just another family dinner, and New Year's Eve is a time to meet friends, have supper, wait for the new year, and behave yourself home. If instead, his Brazilian friend was the one who had gone to spend the holidays in Germany, she would be taken to know the city by Hans, only meeting his friends by chance.

But not in Brazil! 

Hans was introduced to his girlfriend's family, her neighbors, her spinster aunt, the doorman, the bakery girl ...

And all of them tried, even if unable to speak a word in German, wanted to learn a little bit about Hans's life, to tell him about Brazil, indicate places worth visiting, delicious foods and experiences that they promised would be unforgettable.

And off went Hans to eat "Feijoada" and "Bobó"; to visit the "Cristo Redentor" and the "Pão de Açúcar", to enjoy the most beautiful beaches. He set off to Búzios and Petrópolis, but unfortunately Hans didn't have time to know and experience everything that his new friends insisted was a must. Unfortunately, he missed Bahia, the "Lençóis Maranhenses", the restaurants in São Paulo and the small town in the South. He had no time to do everything! 

And Hans went back to Germany, which at the time was experiencing the height of winter. That was when he decided that he had to return to Brazil and experience all the Brazilianness that he lacked. 

While dreaming and planning, he realized that he wanted more, that he had loved that land so much that he wanted to be able to communicate with all those wonderful people he met without needing an interpreter.

And then his Portuguese learning journey began.

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