O Rebanho Perdido
Por: Anderson N.
21 de Maio de 2024

O Rebanho Perdido

Literatura

Numa savana com o sol alto entre árvores distorcidas vivia uma manada de animais, esses animais faziam o mesmo percurso de tempos em tempos, mas o líder da manada era um novato que tinha aprendido com o seu pai e avô no decorrer da sua vida, porém não sabia ao certo as escolhas práticas de levar uma manada de animais em meio a savana. Todos esperavam chegar são e salvos no lugar desejado. Porém nosso líder que era atrapalhado em reconhecer lugares e padrões, e com isso dificultava no percurso, acabaram dando voltas e voltas no mesmo lugar. Nisso o bando já estava cansado de percorrer aquele trecho.. Foi aí que o jovem líder lembrou dos conselhos de seu pai e com o devido tempo, assim como um ônibus escolar que leva crianças ao destino da educação, o jovem líder proseguiu nas paradas necessárias e ordenadas pelos outros animais. E os sinais de parada eram comandados por suricatos que levantam uma folha muito verde para andar e o sinal vermelho era feito pelo bico do calau-de-bico-vermelho. E tanto os suricatos quanto os calaus se ajudavam pois trabalhavam juntos, e os suricatos denunciavam atráves de gritos as contendas na savana, como a águia contra o suricato e os calaus eram falates demais e alguns deles faziam até parte do governo da savana que era comandado pelo leão.

E nisso a manada foi cantando em forma poética os caminhos aos quais passavam: 

Conte um, dois ou três

Nós não vamos sem vocês 

Parar no sinal é permitido

Só quando for vermelho tingido. 

 

No verde de nossa natureza 

É permitido passar 

Assim como se ama a gentileza 

E as crianças amam brincar. 

 

Mas não esqueça de olhar o sinal 

Pois os elefantes veem correndo 

Voando no tempo e berrando 

Se vocês passar podem se dar mal. 

 

Não passe no sinal vermelho 

Pois o bramir dos elefantes é certeiro 

Espere pelo sinal verde do suricato 

Com sua folha e grito igual de rato. 

 

No decorrer do caminho não podia se esquecer que a manada parava para os elefantes passar e quando terminava o tempo, a manada podia seguir seu caminho com os suricatos levantando a folha verde. Os suricatos assim como os guardas, davam um grito ou um som em forma de apito, para seguir ou parar. E a manada dos pequenos aventureiros chegava ao seu destino, enquanto os adultos da manada iam trabalhar. E deixavam os pequenos sob o comando da professora elefante ou professor. Que tinha uma memória muito grande, mas  que perguntava aos pequeninos sob os seus nomes, e as vezes ficavam atrapalhados na memória com tantos pequeninos diferentes.  Mas os professores elefantes ensinavam tantas coisas diferentes que pareciam que já tinham visitado o mundo todo, sabiam sobre geográfia (os lugares que passavam) e vários outros conhecimentos. A diretora da escola era a girafa, pois sua hierarquia era maior, ela podia ficar de olho em todos os alunos numa altura muito grande, olhando com os seus olhos mas não falando nada, sem expressar nenhum som. E cada vez que mudava diretor o pescoço aumentava. E quando terminava a escola, os pais já lhe esperavam para voltar para casa e fazer o mesmo caminho que tinham feito, respeitando os sinais e e ordens da natureza e o governo dos animais. 

Anderson N.
Alfenas / MG
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