Um Dia Meio Pálido
Por: Anderson N.
28 de Maio de 2024

Um Dia Meio Pálido

A palidez de meu rosto

Literatura

Um Dia Meio Palido



Na montanha da existência

O mundo vai indo em frente

No vaga-lume invisível de existência

No corre… corre no poente.



Mundo iluminoso para iluminar

Sair a rolar o mundo de rodas

Profundo de caminhos de perdas sem luar

No profundo oceano de rosas.



Mundo de leve sentimento

Tão rápido como o tempo

De rostos tristes e profundos

Achando brisa em lugar escuros.



No meio dos rostos palidos de cansaço

Sempre… sempre por dentro de aço

Matéria vai indo no relento

Em caravelas onde não há marujos de sentimento.



No oceano do porvir, que vem sem quem ir

No coração branco de criatividade

De tempos ou tempos de existir

Por simplesmente ir.

Idade onde já não existem oceano

Onde a calma predomina no porvir

Onde raízes se fincam a cada ano

No vir a ser do ir.



Monstros plantados em consciência

Tirando a nossa essência

Pássaros ao longe feitos de poesia

Maresia e ria por ia, sentia.



Os brancos translúcidos de solidão

Com paz tão alçada ao coração

Sentimento, poesia, maresia, inspiração

De momento, atravessia, sentida no coração.



Existir por ajudar e brilhar nos versos sem versos

Contornando a existência de sentimentos

Nas palavras de pensamento

Sobre versos de asas expertos.



Mundo mágico de tempos roubados

Amados a cada passo sem portais

Caminho mais aberto, do que o coração

Com água minguante de solidão.



Dorme coração

Já não há razão

No pé de feijão.



O dormir vem

Vem com quem?

Vem sentado de existir.



O dia corre veloz

Ligeiro do pé de marolo que perde sabor

O vazio vai, vai indo na tarde

No coração florido.



No meio do caminho tinha esperança

Igual criança.



O mundo vai descansar

De levar o coração

De amar…

Morreu o ponto no final.



Rosto bravo como aço

Por dentro mel de abelha

Abelha zangão

Que rouba nosso coração.



Combes, combes, mais combes

No amarelo de felicidade

No coração da cidade.



Rua… rua onde termina na educação

Começa bem junto da alma

Encontros de rostos

No infinito de peles.



Festa escrita, mas tão

Dançado no pensar

Reeducando no acreditar.



Mundo de estudos, o infinito

Finito...finito..finito… Ó Socrátes

Como tens razão

Em elevar o sentimento, a paixão.



Resultado de almas mais amorosas

Do bom trabalho do filosófo

Platão e sua utopia não deu certo.

O coração só da certo quando ama, e por amar

Tão só dói, doí no íntimo.



Mundo de sentimentos perdidos, de dormir, sim…

Dormir… o coração se alegra e não o peito de respiração

Morre o mundo e abre o mundo poético de surrealismos.

De olhares, coração do ser, que pensa de tanto ser. Vai morrendo no seu próprio coração. Os anjos nos acompanham nos becos, mais do que demonios ao luar, Ruas onde o gps da alma se perde, olhando o caminho cercado de infinitos, mundo de estrada que perdem os pés. E acha pés por ir, sem vir nem ir.



O coração vai morrendo, como combustível que não se vê.

Assim como a alma não pode ser lida. O poeta vai ao encontro de olhares que se perdem em um vazio, sim o abismo onde Deus estava.



Arvores de outono, passáros ao relento, para o sentir poético. A poesia que se sente e não usa nenhum sentido.



Geb, a terra dos nossos pensamentos

Onde a luz não entra, mais

Sai. Sofia se perdeu no mundo para se encontrar.

Encontrar naquilo que se faz de melhor.



A camisete listrada, causando a vertigem assim como na savana.

Sim o fruto dos quais somos feito. E que estão tanto dentro, quanto fora.



O rosto esta cansado, o rosto de todos. Seria muito melhor se o nosso sofrimento não perdurasse tanto, ao ponto de nos levar…

Sim a curva fora da estrada.



Cabelos de galaxias e dna rodando nos mundos espirituais. Nosso lar nos espera . Espera aqui… morrendo… aqui… esperando o existir, para além de existir… esse existir.

O mundo vai morrendo, poeta perde poesias. O final é só roubando tesouros de outros mundos. O mapa de tesouros das galaxias andantes.

O peito de coração espiral, com mais barroco do que aleijadinho, sim meu coração ficou aleijado (sem preconceito).



Ó geometrização, de mundos ordenados, está precisando de bagunça, sim de arte, tintas e mais tintas. Mundo expresso abstrato de cores espirituais.



Pé vai indo, morrendo na pegada de areia , iá,iá,iá cavalo, Corsel!

De areia de tempos, do destino…

Sem tino, tino,tino, líquidos de tintas.

Morre...morrendo a alma de tanto curar, ar, ar, do mar.



Folhas de impressionismo, na pressão do dia, na pressão dos tempos, pressentimento de ruir o tempo.



Empo, coentro,salpicado de sentimento

No mar, mar turvo de tentar explorar

Não explicarei! Quem se espera é o rei.



Damas, teclados, piano, I Ching

Caminhos diversos

Assim como o solo de relâmpagos

De veias, de rios, de mares tão calmo como o vento.



Morrendo se espera por morrer

De noite, de dia por nascer

Camões, leões, campeões, peões, no xadrez da vida

de prisões.



Dorme no fim do infinito, uma imagem, sim, por do sol, sem sol, arrebol de girassóis, girando por se girar, até encontrar.

No fim, a magia acaba, doce criança que espera do mundo aquilo que recebeu, por ir sem ser, ser.



O oceano está quase parando

Parando o jazz, o swing, morreu-se nos passos da vida.

Ela espera revigoramento, sim de sentimento.



Os passos rapidos e lentos, cachorro de anjinho de fontes. Mijou-se na vida. Acorda, sim acorda arbusto. Estás dormindo.



Sorriso de outono, é de roubar folhas do coração do poeta e coração ligeiro, bip...bip…



Coiotes o querem, mas eu corro bip… bip… tendo salgado, sim salgado, ilhas de coxinha, ilhas onde fica-se na costa do coração …. Olhando como naufrágo, a esperança.



Aquilo que espera… espera. Dormindo com o cachorro no olhar sem tocar. Um vai indo bem, se vem, com quem? Sem. Morreu-se o outono no sol. Os raios que se caem, no outono do mundo. Outono de perder-se cabelos pretos, aumentar-se as unhas, ganhar boletos de presentes, e os trens, sim, os trens. É preciso colocar-se nos trilos um sobre os outros. Nenhum trem se anda, o pensamento morre-se ali.

Assim como só o trem que se vai. Bilhetes, por favor! Não trouxe, esqueci. Assim como me esqueci pelo caminho.

Nesse trem da vida, o bilhete é o coração, a passagem não é de graça. Morreu-se o coração por sobre as serras, ouro preto perdeu-se os petros de tanto ter ouro.



Sul de minas, esperançoso coração mineiro, sem eiro, sem cardume e de trens que se vão juntos. Hoje só se vai com o corpo, mas a alma fica. Corpo se vai indo para onde?



Sim Drummond, pedras, muitas pedras, jazidas que se levam nas malas do coração.

O mar vai guardando aquilo que é essencial. Números de prêmios que não se pode ter, ganhando-se o prêmio máximo, sim essa vida.

O bip… bip… que corre sem deixar vestigios.



Trem faustoso, sim faustoso, fausto já não está, foi com ouro. Ouro já não se encontra. Dom quixote, está nos quixotes e xotes da vida, no caminhar.



Escudeiro é o coração do homem. De reter nos espera, sim na casa da vinha, dos vinhos. Vinhos, achocolatado, e sim café não pode faltar. Ele é nosso dionísio, o leite nosso apolo. Voltamos ao xadrez, mas sem xadrez, pingou-se o copo e morreu-se a alma de doçuras.

Anderson N.
Alfenas / MG
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