Poliomielite
Por: Carla A.
04 de Novembro de 2018

Poliomielite

O risco do retorno da paralisia infantil

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A poliomielite é uma doença viral infecciosa aguda, causada pelo Poliovírus que pertence à família Picornaviridae. O vírus da poliomielite possui como material genético uma fita simples de RNA.

O vírus afeta o sistema nervoso central e pode causar a destruição dos neurônios motores, o que resulta em uma paralisia flácida (permanente ou não). Pessoas podem ser infectadas em qualquer idade, porém a doença apresenta alta incidência em crianças – por isso a doença também é conhecida como paralisia infantil.

 

Sintomas:

O período de incubação dura 1 a 30 dias, sendo mais frequente o surgimento dos primeiros sintomas de 7 a 12 dias após o contato com o vírus.  Em geral, a maioria das pessoas infectadas são assintomáticas ou os apresentam sintomas de forma branda, como por exemplo: febre, dor de garganta, vômito, entre outros.

Uma pequena parcela dos infectados com a poliomielite apresenta a forma aguda da doença. Nessa outra forma, a pessoa pode apresentar sequelas permanentes como a paralisia dos membros inferiores - uma importante característica é a perda da força muscular e dos reflexos, porém há a manutenção da sensibilidade nos membros atingidos.

 Transmissão

A transmissão pode ocorrer diretamente de uma pessoa para outra. O vírus da poliomielite pode ser transmitido através do contato fecal-oral, o que é um grande problema em regiões que possuem condições sanitárias e de higiene inadequadas. Crianças mais novas, em geral apresentam maior risco de contrair a doença, uma vez que muitas ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene.

Além disso, o vírus causador da poliomielite também pode ser liberado nas fezes de pessoas doentes e causar contaminação da água e de alimentos. A doença também pode ser transmitida através de gotículas de saliva liberadas ao falar, tossir ou espirrar.

Inicialmente, o vírus pode se alojar na boca, garganta e intestinos. Em seguida, penetra na corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso central. Independente se desenvolve ou não sintomas, a pessoa infectada elimina o vírus através das fezes.

   Prevenção

Apesar de não apresentar tratamento específico, a poliomielite pode ser evitada através da vacinação e de medidas preventivas, como melhores condições de higiene da população e saneamento básico. Existem dois tipos de vacinas, a Sabin que é dada via oral e é produzida com vírus atenuado e a Salk que é uma vacina injetável, que é produzida com vírus inativado. A Sabin é aplicada rotineiramente em postos de saúde no Brasil e em campanhas de vacinação.

A poliomielite foi considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas em 1994, porém a doença ainda é comum em países como Nigéria, Afeganistão e Paquistão. Em junho de 2018, o Brasil apresentou mais de 300 cidades consideradas de alto risco para casos de poliomielite, visto que não conseguiram atingir a meta de imunização recomendadas organizações de saúde. 

Recomenda-se que pelo menos 95% das crianças de um município sejam imunizadas contra a pólio. O que causa o alerta nas autoridades são casos suspeitos da doença que estão em investigação na Venezuela. Os casos investigados no país vizinho, estão relacionados com vírus vacinais, ou seja, que estão atenuados nas vacinas – como a Sabin - e são eliminados através fezes de pessoas que foram vacinadas .  É importante imunizar as crianças, uma vez que sem a vacina elas estão desprotegidas e podem se infectar com vírus presentes no ambiente.

Para que haja a erradicação da doença, é fundamental que a imunização nos países endêmicos seja priorizada e que as campanhas sejam contínuas nos países em que não há mais a circulação do vírus selvagem da poliomielite. É necessário que casos suspeitos sejam investigados e que a população seja bem informada sobre a importância da vacinação.

 

 

Referências:

CENTRO DE VACINAÇÃO DE ADULTOS - CVA UFRJ. Vacinas contra Poliomielite - http://www.cva.ufrj.br/informacao/vacinas/polio-v.html Acesso em: 01/07/2018

FIOCRUZ. Poliomielite: sintomas, transmissão e prevenção http://www.bio.fiocruz.br/index.php/poliomielite-sintomas-transmissao-e-prevencao Acesso em: 01/07/2018

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Poliomielite - http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/poliomielite Acesso em: 01/07/2018

RECHENCHOSKI, D. Z., DE GODOI, A. M., BOTURA, T. J., FACCIN-GALHARDI, L. C., NOZAWA, C., & LINHARES, R. E. C. (2016). Poliomielite–erradicação ou controle? Revista de Ciências Médicas e Biológicas14(2), 233-237. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/13413/10857 Acesso em: 01/07/2018

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