A Grande Descoberta dos anos 30: “Alfabetização nos salvará?
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Por: Cassio F.
15 de Abril de 2024

A Grande Descoberta dos anos 30: “Alfabetização nos salvará?

Pedagogia História da educação

Nas três primeiras décadas dos novecentos, foram marcadas por várias discussões e debates no âmbito educacional, sob o princípio do processo de civilização do brasileiro, e também, sob a premissa da construção da identidade do homem brasileiro, pátrio, educado, alfabetizado e sanitarista.

Se prestarmos atenção a esse período, poderemos observar que por base o Brasil sempre buscou se sair igual aos restantes dos países da globo. E não é de se espantar, que inicialmente (no período inicial da República) as ideias internacionalizadas chegaram no país como forma de ascensão política e social, alcançando o tão sonhado Estado Moderno.

O Estado Moderno aqui, também se refere à ideia de construção da República brasileira proclamada em 1889, mas ao mesmo tempo, na contribuição do Estado com a Educação que é a discussão mais presente nos debates educacionais do período, principalmente na câmara dos deputados e no senado paulista do final do século XIX ao início do século XX.

A ideia paulista em sair na frente na construção de um modelo educacional, inaugura uma visão de responsabilidade do Estado em dar educação às pessoas do Estado. Além disso, há também a necessidade de competir com o Rio de Janeiro que no momento era a capital do país e desenvolveu um projeto de construção da memória republicana através do Pedagogium.

Sendo assim, a exportação de técnicos paulistas, para outras regiões do país se fez necessária, principalmente para expandir o território educacional e também suas visões para todo o país. Mesmo assim, a educação ainda tem suas próprias nuances, devido à falta de homogeneidade nas regiões brasileiras, que foi um dos fatores para a busca de um padrão de educação, sendo que na mentalidade dos intelectuais da época, a falta de uma nação que falasse a mesma língua e tivesse os mesmos costumes, era o que impedia o Brasil de sair na frente no papel dos países modernos.

Com isso, temos também que levar em conta a discussão feita por Pinto (2013) que trata dessa divisão dos Brasis: Sertão e Litoral. Toda a História da Educação brasileira, discutida principalmente nas academias, sempre parte das “capitais da educação”, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná… Essas capitais que “inauguram” as novas formas de pensar educação saem na frente no quesito “modernização” do Estado a partir das novas configurações educacionais. Entretanto, esqueci que “os sertões” dos estados brasileiros, que possuíam o estigma de locais em atraso, que necessitavam da intervenção do Estado para ajudar o Brasil. Aliás, os intelectuais da época destinam essa forma de abordagem, principalmente os liberais…

FINALMENTE, UMA GRANDE DESCOBERTA!!

A grande descoberta desse período, foi uma tentativa de alfabetizar o máximo de pessoas. Logo, era uma quantidade que tiraria o país da situação de atraso tecnológico, moral e social. Bom, a alfabetização foi vista (e ainda é) como produtora de uma sociedade melhor, moralizadora e moralizante, bem como, apta para acomodar a modernização.

Para finalizar essa pequena discussão que inaugura nossa página aqui no Medium, gostaria de dizer que os debates educacionais atuais, poderiam (só um pouco) tentar resgatar alguns aspectos históricos, para que vissem a serem apresentados novamente, principalmente por aqueles que se dizem intelectuais atuais .

Olhar para a História é olhar para o estado atual da educação no país.

Cassio F.
Cassio F.
Pontal do Paraná / PR
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Doutorado: Educação (Universidade Federal do Paraná (UFPR))
Pedagogia - Projeto de pesquisa, Pedagogia - orientação à Trabalho de Conclusão de Curso, Pedagogia - mestrado
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