
A Irracionalidade Numérica

em 15 de Julho de 2015
Desde meados do século XIX, com a Revolução Industrial, a população mundial passou a ter um estilo de vida muito dependente da energia. Com isso a produção dessa energia passou a se desenvolver cada vez mais, visando uma forma de melhor aproveitamento do processo. Nesta época a principal, e praticamente única, fonte de energia era o carvão mineral, passando posteriormente para o óleo combustível, gás natural e energia elétrica. Assim, que seja por motivos ambientais ou financeiros, tendemos cada vez mais a diminuir átomos de carbono em função do hidrogênio por cada etapa da história.
Hoje em dia as empresas buscam uma lucratividade baseada principalmente em três fatores: ambiental, econômico e social. Assim caminhamos para uma era em que bioenergias dominarão o cenário em um âmbito mundial, sendo cada vez mais improvável o uso de matérias-primas não sustentáveis na indústria. Um exemplo promissor é o uso do hidrogênio como fonte, passando a uma emissão insignificante, ou nula, de carbono na atmosfera e tendo um rendimento energético muito maior do que energias movidas pelo “Ciclo de Carnot” (principal meio de produção energética por combustíveis fósseis).
Apesar de os investimos e preocupação ambiental ter aumentado, as barreiras a serem enfrentadas pela descarbonização ainda são muitas. Visando estas dificuldades, a Eletrobras lançou a “Declaração de Compromisso sobre Mudanças Climáticas” listando compromissos a serem tomados pela empresa como: minimizar emissão de gases poluentes, priorizar o uso de fontes de energias renováveis, pesquisar principais riscos das alterações climáticas e desenvolver novas tecnologias para minimizar os efeitos ambientais. Com isso a Eletrobras, e demais empresas, mostram seu interesse na descarbonização e influenciam a população e demais empresas a terem uma postura semelhante.
Diante de tantas mudanças e pesquisas, a descarbonização torna-se um norte para as indústrias energéticas e bioenergéticas, fazendo com que direcionem seu desenvolvimento para a sustentabilidade, sem que diminuam sua renda. Estima-se que até em 2050 já vamos estar com uma energia mais limpa que o petróleo estabelecida no mundo.
Talvez ainda não estaremos trabalhando com a tão sonhada energia totalmente limpa do hidrogênio, mas se já trabalharmos com uma diminuição progressiva (como o uso de gás natural ou biogás) dos níveis de carbono, já vamos ter avançado o suficiente para melhorar a condição ambiental do planeta e suportarmos a crise do petróleo que nos atingirá por esta época.