SABER LIBRAS PARA ATENDER O MERCADO
em 03 de Setembro de 2020
É comum dentro dos estudos linguísticos voltados para a Língua Brasileira de Sinais utilizarem os termos fonologia e fonema fazendo referência ao sistema dos signos linguisticos dos sinais. Neste sentido, é importante verificar breves considerações à cerca desses dois termos, para assim compreender o uso dos mesmos no âmbito das línguas sinalizadas. Segundo Trask (2006), a fonologia representa os sistemas de sons de uma língua e os fonemas são as unidades sonoras básicas de uma língua formadas por consoantes e vogais; é claro que se estou me referindo aos sons, é sensato não aplicar esses termos ao universo das línguas sinalizadas, cuja comunicação se dá por meio das mãos. As línguas de sinais por terem um canal de execução dos enunciados totalmente diferentes das línguas orais se diferenciam nos aspectos linguísticos voltados para a formação do signo linguístico, que no caso, é o sinal.
Stokoe (1960) foi o primeiro pesquisador a analisar a unidades sublexicais da Língua de Sinais Americana – ASL, o teórico compreendeu que os sinais eram formados por parâmetros, unidades mínimas denominadas por ele de quirema (do grego xépi ou khéri: mão; nua ou ema; unidade mínima) conforme descreve Barbosa (2017); o quirema nas línguas de sinais corresponde ao termo fonemas nas línguas orais. Assim, Stokoe (1960) propôs o termo quirologia que corresponde ao estudo dos aspectos das mãos durante a execução dos sinais fazendo um paralelo com fonologia.
Referências:
Trask, R.L. Dicionário de linguaguem e linguística, 2ª ed. editora contexto, 2006.
https://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/2%C2%BA%20Artigo%20de%20Barbosa.pdf