Alfabetização e afetividade - parte IV: questionário sobre a
Por: Danielle C.
11 de Julho de 2017

Alfabetização e afetividade - parte IV: questionário sobre a

Pedagogia

Este texto é parte de meu artigo "Alfabetização e Afetividade", escrito como pré-requisito para a conclusão de minha especialização em Alfabetização e Letramento.

 

Para a realização do questionário sobre alfabetização e afetividade, foi criado um documento pelo Google Docs, que foi disponibilizado a grupos específicos de Pedagogia no Facebook. Em um período de aproximadamente duas semanas, foram recebidas 16 respostas, sendo 12 de profissionais que já atuaram em classes de alfabetização (1º ao 3º ano do Ensino Fundamental). Da formação dos 12 professores, sete declararam ter o Ensino Superior completo em Pedagogia, quatro afirmaram já ter especialização e um, mestrado. Apenas dois casos afirmaram ter trabalhado com classes de alfabetização por mais de dez anos, sendo que a maioria (75%) atuou nestas turmas por um período entre um e cinco anos. Um caso relatou ter ministrado aulas de alfabetização por menos de um ano.

Quando perguntado acerca dos métodos de alfabetização, apesar de haver diferenças significativas acerca do método trabalhado por cada professor, a maioria mostrou que a escolha do melhor método a ser empregado em sala de aula depende também dos alunos. “Na minha opinião é o que não atinge os nossos objetivos, não tem como afirmar com certeza, pois o que é bom ou ruim para um pode não ser para outros” e “Depende do estudante, seus ritmos de aprendizagem” são respostas que ilustram bem a concepção sobre o melhor método de alfabetização para esta maioria docente.

Após estas questões, foi perguntado sobre a maior dificuldade que se tem ao alfabetizar uma criança, sendo apontados tanto fatores internos (tais como falta de concentração, imaturidade, desinteresse ou dificuldades de aprendizado), como externos (falta de pré-alfabetização, número de alunos em sala de aula, crianças com níveis diferentes de leitura e escrita num mesmo espaço, desinteresse ou falta de apoio por meio da família, e falta de estimulação). Sobre a questão do espaço como facilitador da aprendizagem, apenas uma profissional declarou acreditar que há pouca influência da sala de aula sobre o processo de aquisição da linguagem escrita, afirmando que “Não acho que contribui muito, mas ajuda. Antigamente os espaços eram iguais e por gerações aprendemos a ler e a escrever.” Em dois casos, destacou-se a necessidade da organização da classe por níveis de aquisição desta linguagem. Nos demais casos, turmas organizadas em pequenos grupos, em ambientes acolhedores e esteticamente favoráveis ao aprendizado (ou sala alfabetizadora) foram ressaltadas como recursos para o aprendizado.

Todas as professoras responderam haver alguma influência sobre o aprendizado os desconfortos físicos e psicológicos que as crianças podem passar durante as aulas e atividades em classe. Por desconforto físico, foram definidos três níveis: o primeiro, como situações mais corriqueiras em sala de aula (vontade de ir ao banheiro e carteiras desconfortáveis) o segundo, sobre influências externas à sala de aula (fome e sono) e o terceiro, envolvendo a saúde da criança (sentir dor durante a aula). No caso de desconfortos psicológicos (que também podem influenciar o corpo físico), também foram separados em três níveis: o medo relacionado à escola, ao professor ou determinada atividade, o segundo nível, problemas que vem de influência externa à sala de aula (luto, briga entre pais, perdas relevantes), e o terceiro, relacionado à distúrbios/doenças (como depressão, ansiedade ou fobias).

Como última questão, foi proposta a reflexão destes professores sobre de que forma o professor pode atuar em sala de aula, com base em um ensino que considere a afetividade. As respostas tiveram centro na postura do professor e suas atitudes. Uma das profissionais declarou que “A afetividade tem um papel imprescindível no processo de desenvolvimento da personalidade da criança, que se manifesta primeiramente no comportamento e posteriormente na expressão.” Outra mostrou a importância de que se “Deve considerar o estudante como um todo: psicológico, cognitivo, físico e social.” Amor, dedicação, apoio, empatia, acolhimento do aluno e sua família e valorização do relacionamento interpessoal em sala também são características que vêm à mente quando se trata da afetividade em classe. Uma das professoras afirmou que se deve “Estar sempre próximo do aluno, tocar seus ombros quando passa perto do aluno, fazer carinho na sua cabeça, auxiliar no que for preciso, inclusive pegando em sua mão para escrever se necessário. ”

Um dos professores declarou que é necessário atuar “De forma que expresse o seu interesse pelo crescimento dos alunos, e assim respeitando suas individualidades, criando um ambiente mais agradável e propício para a aprendizagem. O relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade, de troca de solidariedade, de respeito mútuo, enfim, não se concebe desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um ambiente hostil. ”

Como observação final, uma das profissionais declarou que “O mais importante para o alfabetizador é conhecer seu aluno e como ele aprende para utilizar técnicas e métodos coerentes.”, e outra, que “a observação, o conhecimento e avaliação do aluno são essenciais”

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Danielle C.
Curitiba / PR
Danielle C.
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Especialização: Alfabetização e Letramento (Universidade Brás Cubas)
Professora, formada em Pedagogia, com especializações na área de educação, para aulas de reforço escolar no Ensino Fundamental. (1º a 5º ano)
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