Tudo é pauta! (Alguns comentários abertos sobre a conexão do
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Por: Denis B.
18 de Setembro de 2016

Tudo é pauta! (Alguns comentários abertos sobre a conexão do

Pedagogia

E ae!

Essa é a minha primeira entrada no blog do Portal Profes. Eu nunca sei qual o melhor assunto introdutório, interessante o suficiente para capturar a atenção do leitor, pois o que mais temos é assunto para discutir. Entretanto, quando surge a oportunidade de expo-los, de tanto que pensamos, não sai nada. O que fazer? É um pouco disso que gostaria de expor e perguntar a você que está lendo esse artigo.

Desde minha primeira formação técnica e formação superior, sempre defendi que tudo o que observamos pode ser utilizado como exemplo, até mesmo em uma situação onde a grande maioria afirma veementemente que "não tem nada a ver". O poder da metáfora e principalmente da analogia é esse: o poder de fazer com que enxerguemos a lógica, a mecânica de uma situação através da exemplificação, utilizando uma outra situação que melhor se encaixe com a visão e nível cultural do receptor. Nesse momento, ao fazer isso, os saberes se conectam. Isso é o que defendo quando falo que tudo que vemos e vivemos pode se tornar a exemplificação de algo, para que possamos compreender ou explicar uma ocorrência de forma que não somente você compreenda, mas os demais captem e absorvam, com uma taxa de compreensão maior. Nesse momento, quando paramos para pensar um pouco, falamos de observação e análise, comportamento, linguagens, lógica, filosofia, interpretação de linguagem, texto e contexto, discussão e didática. Caramba, foi tudo isso? Foi.

Independente do que vá fazer, o fluxo da vida consiste em aprender a aprender, para aprender a ensinar. E assim, todos os saberes se conectam.

 

De quem é essa frase? Minha mesmo. Essa é a minha concepção quando se trata do que estou fazendo aqui. Quando falamos de instrutores, professores e mestres, falamos de graduação, diplomas e certificados e níveis de graduação (licenciado, bacharelado, mestrado, doutorado, PhD), cursos e mais cursos...e se o indivíduo com a maior dessas formações não consegue multiplicar esse conhecimento, essa sabedoria? Esse profissional retentor será o melhor instrutor, professor, mestre? Quando colocamos isso em pauta, seria como apresentar para a humanidade o livro que desvenda todos os segredos e questões da vida, mas ele está escrito numa linguagem que somente uma pessoa sabe, o seu autor. Para evitar isso que exercitamos e aplicamos a didática. Dizem que não há manual de como ser pai, certo? Errado. O manual de como ser pai, vem do aprendizado de como ser filho.

Parece uma ideologia que bate de frente com o senso comum, e realmente é, mas nunca considere isso como uma afronta, uma ofensa, muito pelo contrário. Uso essa afirmação para lhe dizer que todo ser e todo profissional multiplicador precisa exercitar sua empatia e a compreensão. Se um dia fizer um curso de brigadista, resgatista ou alguma capacitação na área de saúde e segurança, lhe dirão algo sobre "primeiro garantir a integridade do socorrista (a sua integridade), depois a da vítima". É, à primeira instância, parece meio cruel, pois você está sendo treinado para socorrer, salvar vidas, e a primeira parte te fala para analisar primeiro se você está seguro ou não. É isso mesmo? Sim, é isso mesmo, pois você você é um socorrista, não um herói inconsequente. Se alguém estiver se afogando em mar revolto, você pularia para salvar esse alguém? Mas pera aí... você sabe nadar? Ao realizar esses questionamentos, fica claro que a empatia, interpretação, compreensão, dinâmica e a humildade fazem parte da formação, e independente da situação, os saberes se conectam, independente do campo. Humanas, exatas, biológicas, sociais e et cetera. Ao aplicar esses exemplos, ao observar a vida e o cotidiano e transpor, ao transcrever essas situações como exemplos, acabamos criando as "Situações-problema". Elas são as ferramentas aplicadas no PBL - Problem Based Learning (Ensino Baseado em Problemas).

Essa é uma das formas de discutir abertamente como muitos mestres - mas não tantos quanto desejaríamos - realizam suas atividades de ensino. Ao oferecer um contexto e discutirmos não somente o problema, e sim suas causas, poderemos gerar e prover soluções mais eficientes (aplicando principalmente o conceito de eficiência que vemos dentro da ISO 9001, por exemplo). Atualmente, por mais irônico que pareça, eu mesmo acredito que os games apresentam mais conteúdo de valor didático com aplicação do PBL do que a grande maioria das escolas de ensino básico, por diversos motivos, o que acaba por me fazer crer que tudo aquilo que possui conhecimento, informação, que tem um propósito, rcontém uma mensagem. Se mesmo após dissecado e discutido, não possui mensagem alguma, provavelmente é como uma carta em branco, que pode ser considerada como "tanto faz" ou "faça o que quiser que eu não ligo", como se fose uma atividade sem sentido e sem vontade, um mero produto comercial ou o espaço perfeito para que alguém faça o que bem entenda.

Espero que essa discussão lhe ajude em seu aprendizado e nos vemos por aí (futuramente em um canal do YouTube também)!

Denis B.
Denis B.
São Caetano do Sul / SP
Responde em 22 h e 49 min
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Especialização: Psicologia Organizacional e do Trabalho (Centro Universitário UniAmérica)
Leciono temas de segurança do trabalho, gestão, qualidade e também te auxilio na parte de comunicação oral e escrita.

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