A educação evolui — como todas as formas de trabalho — de maneira vertiginosa. E nós, educadores, seguimos correndo atrás: de atualizações, de novas metodologias, de ferramentas tecnológicas, de estratégias de engajamento. Somos constantemente cobrados a abandonar o “analógico”, enquanto fórmulas tradicionais de ensino são, muitas vezes, demonizadas.
A verdade é que, em muitos contextos, a própria educação tem sido demonizada.
Hoje, espera-se que nossas práticas sejam sempre lúdicas, digitais, interativas, instagramáveis. Compreendo que o mundo muda, e nós precisamos acompanhar. Aprendemos sobre inteligência artificial, testamos novos formatos de atividades, reformulamos estratégias — tudo para engajar nossos alunos, conquistar as famílias e atender às expectativas das coordenações.
Chegamos a um ponto curioso e preocupante: nem tudo que funciona em sala serve para o marketing. Às vezes, a atividade é válida, potente, significativa — mas não tem “cara de post”. E, silenciosamente, surge uma cobrança estética: o enquadramento, a cor, o filtro… o modelo do celular.
Sim, há escolas que pressionam professores a trocarem de celular — por modelos mais caros — apenas para garantir imagens "bonitas" para as redes sociais da instituição. E isso acontece enquanto muitos seguem ganhando o piso e mal conseguem cobrir o essencial.
O que era para ser uma valorização do nosso trabalho vira, em certos momentos, mais uma exigência que ultrapassa os limites do razoável.
Não é uma reclamação. É um desabafo. Um convite à reflexão.
A educação não pode ser reduzida a um feed bonito.
Ela é complexa, viva, desafiadora — e, acima de tudo, essencial.

O mundo precisa do Brasil!
O Brasil se destaca como uma potência global no comércio internacional, figurando consistentemente entre os principais exportadores do mundo, ocupando...

Marta C.
em 19 de Julho de 2025
em 19 de Julho de 2025