A dança
Por: Jacquelyne O.
21 de Janeiro de 2020

A dança

Teoria da Dança Aulas Teóricas

Nome: Jacquelyne Neves de Oliveira 

RA: 0050061371

Turma: 5MA 

Curso: Dança.

 

Resumo dos textos:

- A criação do figurino no teatro

- Figurino para a dança: Relação da roupa com a coreografia

- Uma roupa que dança

- A maquiagem nas formas espetaculares.

 

Início e desenvolvimento do figurino e maquiagem

Desde os primórdios da encenação, o homem se veste para viver uma personagem. Nos rituais pré-históricos, ao usar as peles dos animais capturados e máscaras que representavam seus espíritos, o homem praticava um ato teatral. Ao vestir a pele dos animais e imitá-los, incorporava os próprios animais e passava a representá-los. Essa transformação só era possível por meio dessa vestimenta, que tinha “poderes mágicos”. Sem ela não havia transformação do homem em animal, não existia representação.

Nos primórdios do teatro ocidental, quando este surgiu na Grécia, há mais de dois mil anos, utilizavam a máscara, um elemento cênico colocado no rosto dos atores, e que é um dos primórdios da maquiagem no teatro ocidental, assumindo um papel preponderante nesta encenação e acompanha o teatro até os dias atuais, a máscara era um elemento fundamental na encenação. No teatro grego, os atores também se vestiam com túnicas como as do povo, mas em tamanhos maiores para aumentar os atores. 

Em Roma, o teatro tinha caráter de divertimento, era uma sátira cheia de obscenidades apresentada com visual cômico ou dramático. A cena era dominada por jogos circenses, acrobacias e pantomimas em que apenas um ator representava todos os papéis com a troca de máscaras.

A relação da dança com a moda começa na história da dança ocidental na corte da renascença. Naquela época os corpos eram enfeitados para que tivessem prestígio nas festas promovidas pelos nobres. Vestidos longos e pesados faziam parte desse cenário que muda quando a dança cênica se separa da social. Na corte da renascença, no século XVI, as roupas dos dançarinos, - todos nobres em cerimonias da corte – não eram diferente das dos espectadores. Por volta de 1750, as roupas das mulheres eram carregadas como as da nobreza o que significa que o movimento das mulheres era dificultado pelas vestes longas e pesadas, assim como pela decoração de seus cabelos. Foi por isso que inicialmente foram os homens que desenvolveram mais a técnica da dança. 

No século XVIII, a malha ganhou a autorização do papa para ser utilizada como figurino, desde que fosse na cor azul, para não sugerir a perigosa cor da carne.

Roubine, discorre que, até o século XVIII, o figurino não se integrava ao espetáculo e representava um tipo catalogado, facilmente assimilado pelo público. Segundo Bernardes, até essa época, é utilizado o figurino ilusionista, extravagante e excessivo. Essas vestimentas eram doadas aos atores por membros da corte e eram contemporâneas, representando as tendências atuais em vez das características das personagens retratadas.

O romantismo do século XIX traz transformações graduais a roupa do império, exaltando a criatividade e emotividade. Esse movimento artístico tem como característica trazer a tona o passado perdido com o inovador processo da evolução industrial.

Em 1832, surge o tutu. É a liberdade da bailarina em termos de movimento, com a sapatilha de ponta tornando-a leve e flutuante. O tutu tem duas formas principais - romântico e clássico. 

No final do século XIX, as bailarinas modernas começam a usar túnicas longas ou curtas para seus espetáculos e alguns coreógrafos tiram o tutu e o substituem por malhas.

No século XX as roupas do dia a dia reapareceram na cena.

Na contemporaneidade, o figurino muitas vezes é igual a roupa de ensaio ou de rua, buscando o cotidiano na cena.

 

Figurino como elemento cênico essencial

O figurino ajuda a definir o local onde se passa a narrativa, o tempo histórico e a atmosfera pretendida, além de ajudar a definir características das personagens. O figurino não pode ser visto independentemente de outros elementos do espetáculo: ele se insere em um contexto que inclui a cenografia, a maquiagem, a iluminação, a fotografia, a atuação e auxilia na definição dos elementos da narrativa Muito além do aspecto material, o figurino pode ser visto como um símbolo, um instrumento e elemento essencial da narração. 

No teatro, o figurino permite ao espectador identificar as personagens e situá-los em determinado tempo e espaço, por exemplo, uma atriz vestida de rainha induz ao espectador que a história se passa na idade média e que o cenário não representa uma mansão qualquer e sim um castelo. A caracterização dos personagens na dança clássica muitas vezes é dada pela sobreposição dos adereços que permitem identificar os personagens. O figurino é determinante na coreografia – os movimentos se modificam com o figurino, que fixa a imagem final, criando identidades. Em algumas situações, ao se construir um figurino que represente uma época, a pesquisa é indispensável.

Holt exemplificando a importância do figurino, assevera que quando os atores entram em cena, mesmo antes de falarem, o público já terá apreendido uma boa quantidade de informação. O figurino da vida a dança e a dança sobrevive ao figurino. 

A maquiagem cênica vem para auxiliar e muitas vezes completar o figurino e pode ser utilizada em qualquer forma de encenação, de acordo com a proposta estética do espetáculo, contribuindo para a construção da cena, diretamente na pele do ator.

 

Tão essencial quanto o figurino, é se pensar o figurino.

 A vestimenta pode ajudar no entendimento da história e na construção da personagem, entretanto, também pode por fim a todo um trabalho. Se o artista não se sente confortável com a vestimenta, por exemplo, seu desempenho no palco é diretamente afetado e comprometido. Uma boa qualidade ergonômica refere-se à facilidade de adaptação antropométrica, incluindo facilidade de manuseio, de uso, de conforto, de segurança e de vestibilidade. Esta qualidade favorece a interação do corpo com o ambiente e os objetos por meios dos critérios ergonômicos.  A qualidade estética, também é importante, ela é a relação entre o usuário e o produto que influencia o grau de aceitação e prazer envolvendo, além das outras funções, os aspectos simbólicos da percepção humana, sensoriais, emocionais, sociais e culturais.

 

 

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