A importância da escolha
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Por: Jesse P.
11 de Junho de 2016

A importância da escolha

Filosofia Geral Aristóteles Geral

Em um de meus tempos de lazer, assistindo Doctor Who (recomendo muito essa série, por mais que ela seja antiga) me deparo com uma questão interessante, simples e de muita profundidade, a da escolha, da importância das decisões que tomamos na vida. Tendo como base o episódio assistido por mim, que enfatiza como as vezes uma simples decisão como a de virar à direta e não à esquerda pode mudar a própria vida e a de muitas pessoas, muitos pensamentos me vieram à cabeça e resolvi escrevê-los.

Um pensador diz que “O ato de decidir é o mais nobre e profundo de todos os atos do homem, a própria definição da pessoa é a expressão última de sua dignidade.”. Com essa citação podemos compreender como as escolhas são de suma importância na vida, pois elas são expressão de nossa liberdade e são elas que nos moldam. Pode-se exemplificar como nossas escolhas nos moldam pelo gosto musical: se escolhi escutar determinado estilo de música, esse estilo irá externar meus pensamentos e ideias.

A felicidade depende diretamente das decisões. São as escolhas fundamentais durante a vida que guiarão qualquer um à felicidade. Aqui poderíamos entrar em outra discussão muito antiga, a de como alcançar à felicidade, mas vou utilizar apenas dois exemplos a de Aristóteles e a ideia do Carpe Diem. Para tornar claro como as escolhas são importantes já é perceptível que na base de toda a ação humana livre há uma escolha, como nos exemplos a seguir. O que me faz feliz? Alcançar o bem atrás da prática das virtudes como ensinava Aristóteles, ou deixar a vida acontecer e apenas aproveitar o dia? Essa pode ser considerada uma escolha fundamental e a partir dessa escolha derivam várias outras de valor mais imediato e que terão influência direta na escolha fundamental. Exemplos simples podem ser dados às teorias citadas; no caso da ideia de Aristóteles escolher entre o trabalho ou o ócio (Aristóteles defendia o meio-termo como virtude), mesmo sendo algo trivial; mais trivial ainda é o exemplo que pode ser dado à ideia do Carpe Diem, que  pode ser a escolha entre comer ou não comer algo, ir a um determinado local ou não.

Mesmo muitas escolhas sendo triviais, não é retirada a sua importância. A felicidade atualmente está mais relacionada à realização pessoal, ao cumprimento de metas e objetivos. Quando se está para fazer uma escolha fundamental é normal que se passe um bom tempo pensando nas hipóteses, prós e contras, objetivo, caminho a ser trilhado, para saber qual dos caminhos levará, de fato, à felicidade. E se as escolhas triviais estão diretamente ligadas à escolha fundamental não devemos fazê-las de qualquer maneira, elas devem ser pensadas, mais rapidamente como as circunstâncias exigirem, mas sem o menos prezo que é costumado haver.

O pensador diz também: “A preguiça, a dúvida e o medo são os grandes inimigos das decisões.” (p. 23, 1992). Ou seja, muitas vezes por esses motivos evitamos tomar decisões, adiamos escolhas e até temos medo de toma-las e, infelizmente, se não tomamos uma decisões, elas são tomadas por no nosso lugar. Mas se analisarmos bem essa questão, não querer fazer escolhas, é uma escolha, pois decidimos deixar que escolham por nós. E o padre VALLÉS ainda completa dizendo que “A não-decisão é a pior das decisões” (ib).

Portanto, as escolhas, mesmo as mais triviais, são de suma importância para nossa vida, para nosso ser (aqui cabe mais uma discussão posterior), para nossa convivência em sociedade. Deve-se tomar as rédeas da própria vida, isso garantirá a felicidade, pois quando olhar para trás verá o caminho trilhado por si mesmo. Mesmo que as escolhas não tenham sido as ideais, elas serão suas.

Encerro minha reflexão com um desejo de continuidade. Este assunto ainda pode ser discutido amplamente, e como filosofo estou dispostos a aprofundar ainda mais em meu conhecimento. Isto foram apenas pensamentos surgidos em um tempo de ócio e que resolvi escrevê-los. Espero que sejam de algum proveito.

Jesse P.
Jesse P.
Campinas / SP
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Graduação: Filosofia (Pontíficia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP))
Filosofia - Certificações, Filosofia - 3o Ano, Filosofia - 2o Ano
Professor de História, Filosofia, Sociologia

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