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Matemática no dia a dia: As equações vão às compras!!
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em 15 de Janeiro de 2016
Olá meus queridos alunos.
Gostaria de iniciar os posts do blog com um assunto que entendo ser pertinente no ensino da matemática.
Começo questionando: Porque os alunos não gostam, ou tem medo, das aulas de matemática?
Conversando informalmente com meus alunos descobri que o "trauma" surge, mais ou menos, a partir do 4º, 5º ano aproximadamente... até aquele momento eles percebem as aulas de matemática como divertidas e legais, porém no momento em que as disciplinas começam a ser tratadas de uma forma separada (geralmente com um professor para cada uma delas) os alunos não gostam mais (tanto) das aulas de matemática.
Eu diria mais, acredito que as aulas de matemática perdem esta "magia", este encanto, quando deixam de ser uma experiencia prazerosa de observação, e começam a ser tratadas com uma seriedade excessiva, que não permite mais que se erre, sob pena de tirar uma nota "vermelha".
Isto começa a bloquear o interesse do aluno em observar as coisas que acontecem ao seu redor, procurando explicações para compreendê-las, diminuindo o exercitar do raciocínio lógico.
Os compromisssos com os conteúdos e com a carga horária sobrepõem-se ao ensinar pela observação, pela descoberta e pela experimentação.
Os alunos não aprendem os fundamentos matemáticos de maneira a compreenderem que eles explicam situações reais, e gravam em suas sinapses que estão aprendendo algo que apenas irá "cair" em um teste, uma prova (bimestral, trimestral, quadrimestral, semestral, anual, chamem como quiserem) ou em uma avalição de âmbito nacional, e acreditam que se treinarem suficientemente irão acertar os desafios a que estão sendo submetidos, marcando um "X" numa letra "c)" qualquer...
Da experiência que tenho em sala de aula aprendi (mais pela dor, do que pelo amor) que para o ensino de assuntos tão abstratos, faz-se necessário trazer tais abstrações para o mundo real que o os alunos vivem e enxergam. Confesso que não é tarefa das mais fáceis ajustar as aulas para um formato assim, mas garanto que é gratificante você verificar a felicidade de seus alunos ao descobrirem o prazer de observar fenômenos reais já vivenciados por eles se encaixarem tão bem em fórmulas, incógnitas, ângulos ou conjuntos.
Tenho certeza que se voltarmos a essência observacional da matemática, como uma ferramenta para reproduzir e procurar explicar aquilo que observamos diariamente, resgataremos o encanto da aprendizagem da matemática.
E vocês, meus queridões, tem alguma experiência de aulas que mostraram a matemática da vida real para compartilhar conosco? Sintam-se à vontade em comentar e dividí-las conosco.
Um grande abraço a todos vocês.
Prof. Leandro Boeira