Este estudo encontra-se publicado em um documento, contendo mais de 200 páginas, conhecido como Common European Framework of Reference for Language (CEFRL). Trata-se de uma diretriz (um guia) utilizada para descrever o desempenho dos aprendizes de qualquer língua estrangeira. A princípio, ele visava apenas os países membros da Comunidade Européia; porém, devido ao seu conteúdo científico e seriedade ele tem sido adotado por quase todos os profissionais envolvidos sériamente com o ensino de idiomas no mundo: escolas de idiomas, ministérios da educação, ONGs, editoras, universidades, empresas, etc.
As vantagens para as as escolas de idiomas que realmente se preocupam com a formação lingüística de seus alunos e utilizam este documento são muitas. A principal em minha opinião é que seus alunos estarão caminhando ao mesmo passo – em termos de nível – com o mundo inteiro. Os alunos entederão que apesar do nível ser diferente em uma escola e outra, eles encontram-se em determinado nível de acordo com o CEFRL.
No Brasil, para que seja tirado proveito deste documento os Departamentos Pedagógicos das Escolas de Idiomas (seja qual for: CCAA, CNA, Cultura Inglesa, Wizard, Wisdom, Number One, Yázigi, Fisk, Wise Up, Lexical, inFlux, Skill, CEL-LEP, YES, etc), devem sentar e verificar em que nível o material (cursos) oferecido por eles se encaixam nos padrões estabelecidos pelo CEFRL. Assim, estarão, sem dúvidas, oferecendo um pouco mais transparência, seriedade e comprometimento ao modo como ensinam idiomas no Brasil. Além disto, estarão mostrando como respeitam seu público.
Já o Ministério da Educação pode através deste documento estabelecer políticas de ensino mais atuais e comprometidas com o aprendizado/ensino de línguas nas escolas públicas. Fato que já ocorre na maioria dos países latino-americanos. A seriedade com tal projeto deve patir de todos e o Governo Brasileiro deve(ia) ser o primeiro a tomar a atitude de reformular o ensino de línguas em nosso país.
Quem sabe um dia este sonho se torne realidade. Será uma vitória para os Profissionais de Ensino de Idiomas ver um aluno concluir o Ensino Médio com conhecimento lingüístico (inglês, ou espanhol) baseado em padrões mundiais de ensino. Temos ainda um longo caminho a percorrer! O importante é que muitos já deram o primeiro passo!