O que fazer para estudar em Harvard, Princeton, Yale, MIT
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Por: Hugh G.
30 de Julho de 2016

O que fazer para estudar em Harvard, Princeton, Yale, MIT

Letras

O número de brasileiros que faz cursos de graduação no exterior cresce a uma taxa de 20% ao ano.

 

Hoje, eles somam pouco mais de 5 mil jovens. Estudar em uma grande faculdade americana ou europeia equivale a fazer um seguro. Os prêmios, nesse caso, incluem uma formação sólida e a garantia de bons empregos — quer no Brasil, quer em outro país. Realizar esse sonho, contudo, exige planejamento. O processo é complexo. A seguir, os principais passos que devem ser dados tanto pelos pais e como pelos candidatos a vagas no exterior.

1. O processo de seleção começa no ensino médio
A preparação para cursar uma faculdade no exterior começa no primeiro dia de aula do ensino médio. As principais faculdades americanas levam em conta o desempenho escolar do aluno ao longo dos três anos do ensino médio. As notas não são analisadas isoladamente. O estudante é avaliado dentro de um contexto. Assim, o que vale é a média, em comparação com o desempenho do restante dos alunos do colégio. Por isso é importante que o candidato a uma vaga no exterior tenha uma boa classificação nos rankings de classe. As faculdades americanas observam, por exemplo, se o aluno está entre os 5% ou 10% melhores da escola. As escolas estrangeiras, particularmente as americanas, também analisam a evolução da nota dos alunos. Elas valorizam estudantes que mostram interesse em aprimorar o seu desempenho ao longo do curso. Assim, quem tira 8,0 várias vezes pode ser mais questionado do que quem obtém uma sequência de 7,5 e 8,5, embora a média de ambos seja a mesma.

2. SAT (Scholastic Assessment Test), o Enem americano
O SAT é um exame padrão, aplicado a estudantes do ensino médio. Ele serve de critério para a admissão nas universidades americanas, à semelhança do Enem no Brasil. Todos os alunos devem fazer esse teste. Ele é dividido em duas fases.

O SAT 1 Inclui uma prova de inglês, matemática e uma redação.

O SAT 2 (também chamado de SAT Subjects) é mais específico. Permite que o aluno escolha as matérias nas quais quer ser avaliado em um total de 18 opções. Elas abrangem matemática, física, química, história americana, história contemporânea, além de vários idiomas (espanhol, chinês). As melhores escolas americanas exigem que os alunos façam provas em pelo menos dois temas (subjects).

Os brasileiros são orientados a optar por subjects em exatas (matemática e física). Parece surpreendente? Nem tanto. Os estudantes do Brasil (aqui, trata-se da nata do ensino médio do país) têm, em geral, um desempenho melhor do que os americanos nessas matérias.

A nota máxima do SAT é 2.400. As melhores faculdades americanas não costumam dar bola para quem tira menos de 1.900. Em geral, exigem 2.100. O SAT é aplicado em seis datas no Brasil. O aluno deve reservar duas delas: para o SAT 1 e SAT 2. Eles podem ser feitos no último ano do ensino médio.

3. Domínio do inglês
O domínio do inglês não é um diferencial para os candidatos a vagas em faculdades no exterior. É requisito mínimo. Os alunos podem fazer tanto o TOEFL (Test of English as a Foreign Language), quanto o IELTS (International English Language Testing System). As melhores faculdades americanas pedem, em média, 100 pontos no TOEFL (120 é o máximo). Na prática, não há diferença entre obter 100 ou 120 pontos. Não é necessário que o estudante supere o índice exigido pela escola. No mundo ideal, é importante que o candidato tenha um ótimo inglês até o segundo ano do ensino médio. Isso porque, no terceiro, ele terá de iniciar o processo seletivo das universidades estrangeiras.

4. Atividades extracurriculares
São importantíssimas nos processos de seleção. Elas mostram que os alunos têm múltiplos interesses (o que é ótimo) e capacidade para desempenhar várias tarefas simultaneamente. As faculdades estrangeiras buscam jovens completos (well-rounded). “As ações extracurriculares indicam as paixões dos estudantes”, afirma Renata Moraes, da Fundação Estudar, voltada para auxiliar estudantes que querem estudar no exterior. O envolvimento do aluno com essas atividades, contudo, tem de ser autêntico. E vale tudo: música, dança, política, religião, ações sociais, esportes, empreendedorismo. Nenhuma dessas áreas é considerada melhor. O que conta é a dedicação, a qualidade e a quantidade de energia despendida pelo estudante. Assim, vale pouco (ou nada) dizer que praticou natação duas vezes por semana. Isso é rotina.

5. Prêmios e honrarias
Eles mostram a capacidade do candidato de conquistar objetivos nas áreas em que tem interesse. Por exemplo, o estudante indica que gosta de matemática. Mas ganhou alguma olimpíada da matéria? O aluno afirma que tem interesse em empreender. Participou de alguma competição de empreendedorismo, conseguiu algum investimento? Ou ainda: gosta de cantar no coral da igreja. Ganhou algum prêmio, participou de algum processo de seleção nessa área? Este ano, o MIT selecionou três jovens brasileiros. Um deles é um megacampeão de olimpíadas de matemática. O segundo é um empreendedor que, aos 18 anos, já recebeu um investimento para tocar o negócio. Por fim, selecionou uma garota para fazer um curso de engenharia. Qual o seu diferencial? Ela dançava balé no Bolshoi, em Joinville (SC). Perfis diferentes, interesses variados, mas todos muito bons e dedicados.

6. Cartas de recomendação
O candidato deve obter duas cartas de recomendação. Uma delas, obrigatoriamente, do coordenador pedagógico do colégio onde estuda. A outra tem de ser de alguém envolvido com o estudante, mas não necessariamente ligado à escola. Pode ser o técnico de futebol, o maestro do coral. Por isso, é fundamental que o aluno tenha bom relacionamento com os líderes que o cercam, quer professores, quer mentores.

7. Redações (Essays)
Existem dois tipos de redação: a pessoal (personal statement) a outra, específica para cada universidade. Das cerca de 4 mil faculdades americanas, 500 delas estão presentes em uma plataforma online, a CommonApp. Ela centraliza as candidaturas a vagas nessas escolas. O personal statement enviado para o aplicativo é distribuído às universidades que o aluno quer cursar. Nesse mesmo espaço estão as orientações para a produção das redações específicas. Mas o que é o “Personal Statement”? O conteúdo das redações muda de acordo com a faculdade. Em geral, esses textos devem narrar quem é o candidato sob o ponto de vista pessoal, quais os seus sonhos, quais os seus objetivos. Não se trata, portanto, de um currículo por extenso.

8. Entrevistas
Podem ocorrer por telefone ou pessoalmente (tanto no Brasil como no exterior), dependendo da faculdade. Aqui, os selecionadores querem saber se o aluno tem realmente o perfil para estudar em determinada universidade.

9. Poupança
Em média, as escolas americanas custam US$ 60 mil por ano. A concessão de bolsas não é simples. Elas só serão oferecidas a estudantes que de fato necessitem de apoio financeiro. Uma família brasileira com uma casa, um carro e um imóvel na praia, por exemplo, dificilmente conseguirá uma bolsa. Os selecionadores vão observar o patrimônio e concluirão que a casa no litoral pode ser vendida para financiar os estudos do candidato.

Hugh G.
Hugh G.
Barueri / SP
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